Nadal revela as diferenças entre Djokovic e Federer: «Comecei a sentir que estava nas mãos dele»

Por Nuno Chaves - Março 11, 2025
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Antoine Couvercelle / FFT

Rafa Nadal foi o convidado do podcast de Andy Roddick e, sem surpresas, abordou vários temas interessantes como… a rivalidade com Roger Federer Novak Djokovic.

O tenista espanhol não fugiu a nenhuma pergunta e explicou as diferenças que existiam na sua abordagem de jogo quando defrontava o suíço e o sérvio.

RIVALIDADE COM FEDERER

Tinha um foco completamente diferente. Com o Roger, a estratégia era bastante clara: na minha opinião, é por isso que a rivalidade com o Roger foi um pouco mais atrativa para os adeptos que a do Novak, ainda que tivesse defrontado mais vezes o Novak. Com o Roger, ele tentava fazer uma coisa, eu tentava fazer outra. Tentava destroçar a sua esquerda a toda a hora. Se jogava paralelo era por dois motivos: ou porque ia à procura do winner ou porque precisava de jogar ali para criar mais espaço. Ele tentava ser mais agressivo, tentava evitar isso. Cada vez que batia uma direita eu dava um passo atrás, porque para mim a sua direita é a melhor que já enfrentei. Era um jogo de xadrez, não há segredos, todos sabiam qual era a estratégia.

FEDERER A PARTIR DE 2017

No final da sua carreira, ele deu um passo em frente e começou a jogar muito mais agressivo. Para mim, ele cometia alguns erros no princípio da minha carreira contra mim: tentava jogar a sua esquerda em slice, dando-me a oportunidade de continuar a jogar com a minha direita na esquerda dele. Em 2017, para mim, o Roger teve, por momentos, o melhor nível da sua carreira. Sentias que estavas nas mãos dele. Em piso rápido, em terra talvez fosse diferente (risos). É certo que ele não jogou terra nesse ano. Jogava de uma forma super agressiva, o serviço era super complicado de ler. Era muito preciso, mas o serviço do Roger era muito difícil de ler porque era imprevisível, podia mudar a zona para onde mandava a bola no último momento.

RIVALIDADE COM DJOKOVIC

Frente ao Novak era um pouco diferente. Podíamos ter uma estratégia mas, no final, sabia que precisava de jogar bem sempre. Não temos o mesmo estilo mas não havia uma estratégia clara. Contra o Roger ia castigar a esquerda, com o Novak não tinha essa sensação, a única que tinha era de que precisava de jogar bem a toda a hora e saber que tinha de ajustar constantemente. Não posso jogar alto na esquerda porque ele bate na bola cedo e deixa-te numa posição complicada. Comecei a utilizar mais o slice, o que resultou em alguns momentos e também tentei jogar mais para o meio, não dar demasiados ângulos. Contra o Novak, se abres o court e não crias demasiado dano, permites que ele jogue como quer. No que diz respeito ao controlo de bola, ele foi o melhor jogador que defrontei e que já vi.

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Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.