Popyrin olha para trás: «Quando és top em juniores pensas que tens de chegar rápido acima»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Agosto 13, 2024

Alexei Popyrin vive o melhor momento da carreira depois de conquistar o Masters 1000 de Montreal de forma altamente surpreendente. O australiano mostrou-se radiante pelo facto de o trabalho estar a dar frutos, mas fez uma importante reflexão através da qual recuou na sua vida até aos tempos em que era um júnior altamente promissor.

“Quando era júnior ganhei Roland Garros, era número dois do Mundo… Quando és top pensas que tens de triunfar, chegar rápido acima. Vi como os canadianos estavam, o Shapovalov, o Felix. Vi muitos jogadores com quem cresci a dar esse grande salto rapidamente. Da minha parte não foi assim. Fui mais tarde. Quando ganhas um Grand Slam em juniores pensas que o próximo passo é fácil, mas não é assim. Entrar no top 500 é muito difícil, chegar ao top 250 é muito difícil, estar no top 100 é outro nível. Ficar lá ainda é mais complicado. Entrar no top 50 ainda mais”, começou por afirmar depois de bater Andrey Rublev.

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Popyrin detalhou os desafios. “Há muitos passos em que não pensas nos juniores. Fi-lo em 2021. Ganhei o meu primeiro título e entrei no top 60. Tinha 21 anos, não acreditava que ia descer no ranking, pensava que só ia melhorar. No ano seguinte perdi todos os meus pontos. Ganhei três encontros no circuito, saí do top 120. Precisei de um wild card para o Australian Open. Desde aí comecei a construir pouco a pouco. O ano passado foi muito importante para mim, ganhei em Umag, tive bons encontros em Masters 1000 e cheguei ao top 50”, continuou.

Mesmo esta época não estava a correr de feição, até pelo que se segue. “Esta temporada está cheia de altos e baixos até esta semana. Comecei como número 38, esta semana era 62. Não defendi todos os meus pontos. Havia muitas hipóteses de voltar a cair porque defendo muito em Cincinnati, fiz quartos-de-final. Esses pensamentos estão na tua cabeça sempre, tens de encontrar forma de os bloquear e foi o que fiz esta semana”, rematou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt