Como funciona o apuramento para os Jogos Olímpicos: perceba os critérios

Por Pedro Gonçalo Pinto - Fevereiro 8, 2024
Foto: EPA

O ano de 2024 promete ser especial devido à realização dos Jogos Olímpicos de Paris. São muitos os tenistas que têm apontado o torneio olímpico como um dos grandes objetivos da temporada, restando saber se vão conseguir garantir o apuramento para a prova que se vai realizar em Roland Garros. Ora, a ITF publicou os critérios que dão acesso aos Jogos Olímpicos, com vários pontos importantes a ter em conta.

Ora, olhando para o quadro principal masculino como exemplo, há 64 lugares para preencher, sendo que 56 deles são diretamente pelo ranking. No entanto, isso não implica, de todo, que sejam os 56 melhores do ranking a garantir essas vagas, desde logo devido à limitação que existe de quatro representantes por país no quadro de singulares.

Além disso, há outros seis lugares para as competições regionais: duas vagas para campeão e finalista dos Jogos Pan-Americanos (Facundo Díaz Acosta Tomás Barrios Vera), uma para o campeão dos Jogos Asiáticos (Zhang Zhizhen), uma para o campeão dos Jogos Africanos (disputam-se em março) e outras duas para campeões olímpicos e de Grand Slam que não tenham entrado pelo ranking: aqui entram nomes como Andy Murray ou Rafael Nadal, pese embora o facto de o espanhol poder utilizar ranking protegido.

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Mas há vários critérios importantes a ter em conta. Por exemplo, Díaz Acosta não está garantido porque estas vagas de campeões regionais só estão garantidas se os jogadores estiverem dentro do top 400 e se o seu país não exceder a quota no quadro. Por outro lado, um requerimento apresentado é ter disputado duas eliminatórias da Taça Davis (ou Billie Jean King Cup) entre as épocas 2023 e 2024, embora haja exceções que podem ser utilizadas: lesão/doença, ter atingido um estatuto para jogar a prova mais tarde no ciclo olímpico, o país ter opções fortes que dificultem a chamada à seleção e o histórico de grandes feitos na Taça Davis ou Jogos Olímpicos.

Resta agora saber como ficará fechada essa lista, bem como irá funcionar a aplicação desses critérios. O ranking válido será o que se verificar exatamente depois de Roland Garros.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt