Nuno Borges com receção em Lisboa: «Elogios de Medvedev motivam-me»

Por José Morgado - Janeiro 24, 2024
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Nuno Borges chegou esta quarta-feira a Lisboa de sorriso no rosto e orgulhoso por um torneio de sonho no Australian Open. À sua espera, depois de quase um dia inteiro de viagem, tinha todos os canais de televisão e o presidente da Federação Portuguesa de Ténis, Vasco Costa.

TORNEIO QUE PODE SER PONTO DE VIRAGEM

É um torneio que muda a minha perspetiva em Grand Slams. Um marco muito especial para mim e que vou lembrar para sempre. É um resultado que me ajuda para o resto do ano e para os próximos meses.

DE OLHO NOS JOGOS OLÍMPICOS

Acabo de concretizar o meu objetivo do top 50. Outro é poder participar nos Jogos Olímpicos. É uma oportunidade incrível e estou mais focado nisso. Isto foi tão de repente que neste momento não tenho objetivos de ranking para além deste.

ESTÁ NO AUGE DA SUA CARREIRA

Esta é a idade em que os jogadores atingem o pico e estão com a capacidade ao máximo. Eu comecei a minha carreira mais tarde por isso é normal que os meus resultados também apareçam mais tarde.

JOGAR NOS GRANDES ESTÁDIOS AINDA É NOVO

É tudo muito novo e ainda me intimida um pouco. Ainda me pesa no peito o som dos estádios cheios. Mas agora percebi que quando estou a jogar bem posso bater-me com os melhores.

O QUE TEM DE MELHORAR PARA CONTINUAR A SUBIR

Eu sei como jogo ténis. Não vou mudar a forma como jogo. Apenas fazer tudo um pouco melhor. Mais rápido. Mais forte.

ELOGIOS DE MEDVEDEV

Elogios do Medvedev motivam-me muito, dá-me confiança e faz-me querer mais isto. Competir com os melhores, nos grandes palcos.

SERÁ QUE SURPREENDEU OS RIVAIS?

Os jogadores do top 100 já me conhecem, já sabem quem eu sou e que há momentos assim. Não dá para estar no pico o tempo todo, mas eu sabia que tinha este nível. Há muita coisa que tem de correr bem para eu continuar a fazer estes resultados.

QUEM GANHA O AUSTRALIAN OPEN?

Djokovic é o grande favorito e à melhor de cinco sets é quase imbatível.

GRANDE APOIO PORTUGUÊS

O Open da Austrália foi o Grand Slam onde senti mais o apoio dos portugueses. Muita gente, muitas bandeiras e foi incrível mesmo.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com