Nadal explica o que vai fazer se perceber que não consegue ser competitivo no regresso

Por Bola Amarela - Setembro 20, 2023

Rafael Nadal deu mais uma longa entrevista para falar sobre o que vem aí na sua carreira. Ou o que poderá vir, na verdade. É que o espanhol não consegue ter certezas, embora mostre ter uma crença forte sobre o que se irá passar durante a próxima temporada, como explicou ao AS.

ÚLTIMO ANO EM 2024?

Acho que vai ser o meu último ano. Estou bastante convencido. Embora, ao mesmo tempo, nesta altura, não saiba. O que pode acontecer? Se de repente as coisas funcionarem muito bem e fisicamente estiver bem, a cabeça normalmente funciona. Se me sentir competitivo e desfrutar do que faço, por que vou meter uma limitação? Não posso dizer a cem por cento. Se acredito que vai ser o meu último ano? Sim, acho que sim. Se vai ser a 100 por cento? Não posso garantir isso porque pode sempre acontecer alguma coisa. Se tiver de apostar, diria que é o meu último ano.

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FICA TRISTE SE COMPETIR SEM SENTIR QUE PODE GANHAR?

Não, de todo. Já assumi isso, é o que há. Neste momento não penso nisso, só em colocar-me numa situação de poder treinar e chegar a um nível competitivo para jogar no circuito. É a minha ambição atualmente. Este é o primeiro objetivo, ser competitivo. Depois nunca se sabe. Se sentir que só vou para o court para ser minimamente competitivo, para não ser um desastre, então não vou jogar muito. Vou estar nos poucos torneios de que me quiser despedir. Outra coisa é se me sentir com força e competitivo para ambicionar a feitos que me entusiasmem e aí o planeamento será outro. Mas agora não dá para saber. Tenho as minhas opções em aberto e depende de como me sentir. Também existe a hipótese de não recuperar e não voltar a jogar. Espero que não seja assim, mas tenho de ser realista.

ELOGIOS A ALCARAZ

Já surpreende pouco o que o Carlos pode fazer. Foi número um do Mundo até há bem pouco tempo. E embora seja muito jovem, o único adversário que vejo é Djokovic. Está um nível acima dos outros. A minha sensação de fora do circuito é que, quando joga, os encontros dependem dele 90% das vezes. Nesse sentido, não me surpreende o que aconteceu em Wimbledon e isso mostra o quão bom é. É uma notícia fantástica para o desporto e para o ténis ter alguém como ele.