Zverev revela problemas que Roland Garros está a levantar por se injetar… devido à diabetes

Por Pedro Gonçalo Pinto - Junho 7, 2023

Não é novidade que Alexander Zverev tem diabetes. Trata-se de algo com que o alemão já está a lidar no seu dia-a-dia no circuito ATP, sendo que já por várias vezes foi possível ver Sascha a dar a si próprio uma injeção de insulina na perna a meio dos encontros. No entanto, o germânico está a ter vida muito difícil em Roland Garros no que diz respeito a este tema.

“Nos torneios ATP é muito mais fácil. Injeto a insula no court durante as paragens do encontro, de forma natural, mas aqui não permitem isso, disseram-me que estou obrigado a abandonar o court. Aconteceu-me na terceira ronda contra Tiafoe, mas disseram-me que contaria como toilet break. Claro que disse que não podia ser. Num encontro a cinco sets tenho de me injetar quatro ou cinco vezes. Disse que não podia ser assim, que essa regra não me permite usufruir de algo básico e necessário para a minha vida”, atirou.

Leia também:

 

Zverev sustentou esta ideia com mais um exemplo. “Durante a segunda ronda tive uma quebra grande, então saí e injetei-me. Nesse momento, entrou um supervisor que não sabia de nada disto e entrou em pânico. ‘Não podes fazer isso! Tem de ser um médico’, gritou ao ver-me. Disse que não podia ser, porque se um médico não estiver especializado não me pode ajudar sem os dados corretos. Então expliquei de forma clara: ‘Tenho diabetes desde os três anos, sei exatamente o que fazer’. Mas ele não entendeu e tivemos uma grande discussão”, acrescentou.

Por fim, Zverev revelou que tentou resolver a situação, mas ainda sem sucesso. “Falei com a organização de Roland Garros a perguntar o que devo fazer. Se tenho de sair do court, tudo bem, só demoro cinco segundos. O ideal é que mo deixem fazer no court, mas dizem que seria estranho ver isso acontecer no court, algo que não me parece inteligente, já que se não o fizer a minha vida está em perigo. O que significa estranho? Parece doping? Isto não faz sentido”, rematou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt