Pedro Sousa é o primeiro português a avançar no Faro Open

Pedro Sousa assinou a primeira vitória portuguesa no quadro principal de singulares da 32.ª edição do Faro Open na jornada desta terça-feira, que também ficou marcada pela passagem bem-sucedida de Jaime Faria pelo qualifying. Com 25.000 dólares em prémios monetários, o torneio internacional masculino é organizado entre os dias 19 e 26 de fevereiro pelo Centro de Ténis e Padel de Faro com os apoios da Câmara Municipal de Faro e da Federação Portuguesa de Ténis.

De regresso a um torneio em que discutiu as finais de 2012 e 2013 (venceu a primeira, perdeu a segunda), Pedro Sousa (atualmente na 462.ª posição da hierarquia mundial) superou o compatriota Tiago Pereira (1430.º) por 6-3 e 7-5 num duelo de gerações.

Depois de duas derrotas em Vila Real de Santo António, esta foi a primeira vitória do ex-número 99 mundial no regresso ao circuito ITF pela primeira vez em seis anos.

E não foi fácil seguir em frente: na segunda partida, o lisboeta de 34 anos viu-se rapidamente em desvantagem por dois breaks, mas penalizou a pouca experiência do jovem adversário (18 anos), que acusou a importância do momento nas duas ocasiões em que serviu para forçar um terceiro set, e acabou por vencer cinco jogos consecutivos para resgatar o encontro e celebrar a vitória em 1h24.

O próximo adversário de Pedro Sousa sairá do duelo entre os franceses Antoine Hoang (355.º e ex-98.º) e Lucas Poullain (849.º), que joga o torneio com ranking protegido depois de ter sido 426.º em maio de 2021, o ano em que foi finalista deste mesmo torneio.

Em sentido contrário, Gonçalo Oliveira (473.º) não conseguiu ser feliz e foi eliminado no encontro de estreia. Primeiro português a ir a jogo no quadro principal, o portuense de 28 anos — atualmente a viver no Algarve — perdeu por 7-6(5) e 6-4 para o italiano Giovanni Fonio (332.º), que depois de muito lutar confirmou o estatuto de terceiro cabeça de série.

O encontro foi de alta intensidade do início ao fim, com ambos os jogadores a praticarem um ténis de nível muito elevado ao longo das 2h02 pelas quais se prolongou o braço de ferro que até podia ter tido contornos diferentes, dado que Oliveira liderou por 5-0 no tie-break da primeira partida, mas acabou por perder sete pontos consecutivos.

Quarta-feira será jornada de estreia no quadro principal para os restantes jogadores que compõem a comitiva portuguesa ainda presente no torneio: Duarte Vale (559.º), Pedro Araújo (644.º), Henrique Rocha (854.º) e Jaime Faria (595.º), este último após ter sobrevivido às três rondas da fase de qualificação.

Tal como na véspera, o lisboeta de 19 anos voltou a ser forçado a um match tie-break para prolongar a participação no torneio, mas desta vez não teve de anular um ponto de encontro e deu a volta ao senegalês Seydina Andree (904.º) para vencer por 4-6, 6-4 e 11-9.

Fábio Coelho (1014.º) também foi a jogo na ronda de acesso ao quadro principal, mas perdeu por 6-3 e 7-5 com o checo Hynek Barton (732.º do ranking e sétimo cabeça de série) após 1h38 e não conseguiu seguir os passos do amigo.

A jornada ficou concluída com a realização dos primeiros encontros do quadro de pares, dos quais não resultou nenhuma vitória portuguesa: Gonçalo Oliveira e o australiano Jason Taylor (primeiros cabeças de série) perderam por 3-6, 7-5 e 10-5 com Antoine Hoang/Gregoire Jacq; Henrique Rocha/Tiago Pereira cederam por 6-4 e 6-3 para Lucas Poullain/Clement Tabur; Rodrigo Fernandes/Manuel Almeida por 6-4 e 6-4 para John Echeverria/Diego Fernandez Flores; e Pedro Araújo, ao lado do britânico Sean Hodkin, perdeu por 6-3, 6-7(6) e 10-4 para Giovanni Fonio e Juan Bautista Otegui.