Djokovic garante que não se vai vacinar: «Adorava poder ir aos Estados Unidos…»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Junho 25, 2022

Novak Djokovic falou à imprensa na antevisão de Wimbledon e não fugiu a nenhum tema. Entre elogios a Rafael Nadal e a vontade de manter a série de títulos no All England Club, o sérvio garantiu ainda que não se vai vacinar para poder entrar nos Estados Unidos.

ADAPTAÇÃO À RELVA

Até agora está a correr bem. Não fiz nenhum encontro antes de Wimbledon, mas já tive sucesso aqui sem fazer torneios oficiais. Ao longo dos anos tenho-me adaptado rapidamente à superfície, então não há razões para pensar que não posso conseguir isso outra vez. Estou muito contente por voltar ao torneio que sempre foi o meu sonho de infância, que sempre quis ganhar. As memórias das últimas três edições são maravilhosas. Espero continuar essa série.

WIMBLEDON SEM PONTOS

Provavelmente é algo que afeta mais outros jogadores do que a mim. Não quero dizer que os pontos não são importantes, mas não como antes. Agora não persigo tanto o ranking como antes de bater o recorde de semanas como número um. Deixou de ser prioridade. Entendo que mais de 90% dos que jogam e não jogam são mais afetados pelos pontos. Claro que este ano não tive hipótese de defender 4000 pontos: dois mil na Austrália e dois mil aqui. Afeta o meu ranking, mas as minhas prioridades são diferentes.

PROIBIDO DE ENTRAR NOS ESTADOS UNIDOS

Ao dia de hoje não posso entrar nos Estados Unidos, sei disso, então tenho motivação extra para estar bem aqui. Tenho de esperar e ver o que acontece. Adorava ir aos EUA mas ao dia de hoje não é possível. Não posso fazer muito, é algo que depende dos governo dos EUA. Se penso vacinar-me? Não.

ELOGIOS A NADAL

Foi operado na segunda metade do ano passado, voltou da operação e ganhou logo um Grand Slam. E outra vez em Roland Garros. Resta tirar-lhe o chapéu pelo que conseguiu e pelo que continua a fazer no court de ténis. Tem um grande espírito de luta, é um campeão incrível. Só por tudo o que está a tentar fazer para criar um legado ainda com mais êxito merece admiração e respeito, apesar de ser um dos seus maiores rivais. Tenho muito respeito por ele.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt