Nadal: «É uma loucura pensar no Grand Slam de calendário, mesmo que estivesse saudável»

Por José Morgado - Junho 7, 2022

Rafael Nadal deu esta segunda-feira uma muito interessante entrevista ao site espanhol do ATP Tour, no pós-14.º título em Roland Garros. O espanhol de 36 anos assegura não ter ficado ofendido com o facto de muita gente o ‘ter reformado’ nas últimas semanas.

SENTIU-SE SUBSTITUÍDO?

Falou-se muito e é normal que assim seja. Não leio nem ouço muitas coisas. Normalmente afasto-me disso e foco-me no que interessa. O tempo em que estive a afastado com problemas físicos coincidiu com o aparecimento do Carlos Alcaraz, que ganhou Miami, Barcelona e Madrid. É normal que se fale muito dele porque é alguém espetacular e que traz muitas coisas boas ao ténis. Entendo a promoção que lhe é feita, mas eu faço o meu caminho.

É POSSÍVEL BATER O RECORDE DE 14 ROLAND GARROS?

Parece impossível… mas não é. Tudo pode acontecer. É muito difícil, obviamente, mas não descarto que aconteça.

TÍTULO IMPORTANTE MENTALMENTE?

Muito importante a nível tenístico porque ganhei a jogadores muito bons. A nível mental também. Depois de tudo o que se passou depois de Indian Wells, em Roma… foi muito importante.

MELHOR VITÓRIA SOBRE DJOKOVIC DOS ÚLTIMOS ANOS?

A final de 2020 talvez tenha sido melhor em termos de nível. Este teve mais emoção pelo resultado, mas não consegui manter o nível no segundo set porque não vinha muito bem preparado dos meses anteriores e senti isso, essas dúvidas, nesse momento.

GRAND SLAM DE CALENDÁRIO É POSSÍVEL?

É uma loucura pensar no Grand Slam de calendário, mesmo que estivesse saudável. Ninguém conseguiu fazê-lo desde Rod Laver. Djokovic foi quem esteve mais perto. Mais do que ganhar os quatro Grand Slams, assinaria já hoje ter a possibilidade de jogar os quatro.

https:\/\/bolamarela.pt//bolamarela.pt//bolamarela.pt/nadal-fiquei-completamente-coxo-depois-de-defrontar-o-moutet-e-foi-ai-que-decidimos-adormecer-o-nervo/

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com