Pai de Federer faz revelação: «Não víamos o Roger como uma estrela»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Agosto 14, 2021
Foto: EPA

Não é muito habitual ouvir os pais de Roger Federer, mas Robert e Lynette deram uma rara entrevista onde abrem uma porta para a juventude do campeoníssimo suíço. Por exemplo, o pai Robert confessa mesmo que o filho nunca foi visto como uma estrela, mesmo que houvesse muita gente já a colocar um rótulo de craque a Roger numa fase ainda muito inicial do seu percurso no ténis.

“Alguns diziam quão grande era o seu talento ou quão bem ele conseguia manipular a bola numa idade tão jovem. Mas nesse momento não antevíamos êxitos tão grandes como aqueles que rapidamente começou a alcançar. Não víamos o Roger como uma estrela e vivemos em consequência disso. Só fomos esperando muito tempo para ver como se ia sair”começou por confessar ao jornal ‘Blick’.

Mas quando começaram a acreditar? “Quando se tornou número do mundo de juniores, aos 17 anos. E quando ganhou o torneio de juniores em Wimbledon nesse mesmo ano. Só então tivemos a sensação de que podia conseguir grandes feitos no circuito ATP. Então dissemos a nós mesmos: agora podemos deixar que funcione sem problemas”acrescenta Robert.

E será que o pai de Robert tinha jeito para o ténis? Até podia ter, mas a vida não lhe deu essa hipótese. “Tive de trabalhar quando era jovem e não tive hipóteses de jogar ténis ou futebol. Aos 15, 16 e 17, nós que crescíamos no campo tínhamos outras coisas para fazer. Não joguei até ter 25 anos. Aprendi muito tarde”, confessou.

Já a mãe Lynette lembrou como Roger era ainda como criança. “Era divertido, ativo, tinha muitos amigos e sempre algo para fazer. Desde o início percebíamos que queria muito ser mexido. Não importava se era a andar de patins, de bicicleta, na mesa de ténis de mesa ou a jogar squash com o Robert. Foi agradável ver que se divertia muito. Não era imprescindível, simplesmente adorava aquilo. Mal começou a correr, tinha sempre uma bola com ele e jogava futebol em qualquer sítio”partilhou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt