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Jogos Olímpicos 2021: as previsões do Bola Amarela
MASCULINO
Medalhas de ouro, prata e bronze
José Morgado – Stefanos Tsitsipas, Novak Djokovic e Aslan Karatsev: Apostar contra Novak Djokovic nesta altura parece quase um sacrilégio mas… chamem-lhe ‘palpite’ inconsciente. O sérvio é o incontestável favorito ao título em Tóquio, mas a sua secção do quadro não é fácil e acredito que chegue com mais tempo de jogo nas pernas do que Tsitsipas numa hipotética final. O grego não voltou a encontrar o seu ténis desde a fatídica final de Roland Garros, mas num possível reencontro, à melhor de três sets, o helénico pode ter a sua redenção para encontro o Olimpo. No bronze, Aslan Karatsev melhora ainda mais uma época incrível com um triunfo sobre Alexander Zverev.
Nuno Chaves – Novak Djokovic, Daniil Medvedev e Diego Schwartzman: Sobre Djokovic não há muito a dizer, até porque os resultados falam por si. Quanto a Medvedev, sendo em hard court acredito que se apresente muito forte e nem o facto de estar como independente lhe vai tirar motivação. Schwartzman até pode parecer uma aposta louca para o bronze mas o sangue argentino pode dar-lhe aquele extra para ser feliz em Tóquio. Pode até sentir-se inspirado em Del Potro…
Pedro Pinto – Novak Djokovic, Daniil Medvedev e Stefanos Tsitsipas: Djokovic até pode ser testado por Rublev nos ‘quartos’, mas não vejo com força para impedir este enorme objetivo do sérvio. Medvedev vai apertar o cerco, mas podemos ter aqui uma espécie de reedição do que aconteceu no Australian Open. Já Tsitsipas resiste a Zverev na luta pelo bronze.
Primeiro top 10 a cair
José Morgado – Andrey Rublev: Kei Nishikori, medalhado de bronze no Rio de Janeiro e uma das maiores estrelas da comitiva japonesa em Tóquio, é provavelmente o último jogador que Rublev queria enfrentar na primeira ronda dos Jogos Olímpicos. O nipónico não terá o apoio do público — o torneio é à porta fechada — mas conhece bem o court em que já venceu o ATP 500 de Tóquio por duas vezes. Se derrotar Rublev, nem sequer é uma grande surpresa.
Nuno Chaves – Felix Auger-Aliassime*: Em condições normais o canadiano não entraria nesta categoria, mas com tantas ausências surge em Tóquio como o nono cabeça-de-série. Coloco-o pelo meu raciocínio relativamente ao Dark Horse.
Pedro Pinto – Andrey Rublev: É mais difícil do que o costume porque não há muitos em competição, mas escolho Rublev, até porque pode perfeitamente cair aos pés de Kei Nishikori logo a abrir. Pode ser o favorito com a tarefa mais traiçoeira no primeiro encontro.
*é top 10 na lista de cabeças-de-série
‘Dark horse’
José Morgado – Aslan Karatsev: Por coerência com a minha escolha para medalha de bronze…
Nuno Chaves – Andy Murray: É certo que está longe do seu melhor nível. É certo que possivelmente nunca mais vai recuperar esse nível. Mas é o bi-campeão em título, em Wimbledon deu sinais de melhoria e já se percebeu a importância que os Jogos Olímpicos têm para si. Apesar de defrontar Auger-Aliassime logo na primeira ronda, acredito que o britânico pode voltar a ser feliz.
Pedro Pinto – Aslan Karatsev: As últimas semanas não lhe correram particularmente bem, mas agora volta a um piso onde tem potencial para brilhar. O quadro é simpático na fase inicial e pode chegar facilmente aos quartos-de-final. Daí para a frente… Tudo é possível.
FEMININO
Medalhas de ouro, prata e bronze
José Morgado – Naomi Osaka, Aryna Sabalenka e Ash Barty: A melhor jogadora do Mundo em piso rápido — venceu os dois últimos Grand Slams na superfície regressa ao ténis após dois meses de ausência e tem um bom quadro nas primeiras rondas para soltar algum eventual nervosismo. Sabalenka poderá voltar a bater a número um Barty nas meias-finais — já o fez este ano –, mas a campeã de Wimbledon voltará a vencer Karolina Pliskova pelo bronze, como na final de Wimbledon.
Nuno Chaves – Naomi Osaka, Ash Barty e Karolina Pliskova: A aposta é arriscada mas a nipónica está de regresso depois da pausa para se desligar da competição. Está a jogar em casa, apesar de não ter público, mas não é por isso que não vai ter aquela motivação extra. Sabemos que quando está em forma… é difícil pará-la. A australiana está muito forte e, neste momento, só vejo mesmo uma super Osaka a conseguir derrotá-la. Já Pliskova, acredito que vá confirmar as boas sensações de Wimbledon com o bronze em Tóquio.
Pedro Pinto – Ashleigh Barty, Iga Swiatek e Aryna Sabalenka: No atual momento de forma, tenho dificuldades em ir contra Barty. A australiana está muito forte e as condições parecem favorecê-la. Swiatek pode defrontar Osaka mas traz muito mais ritmo nesta altura e Sabalenka também terá uma palavra a dizer na metade superior.
Primeira top 10 a cair
José Morgado – Elina Svitolina: É de longe a top 10 em pior forma, apesar de nem ter um mau quadro…
Nuno Chaves – Elina Svitolina: O momento não é o melhor e, apesar de se ter casado recentemente com Gael Monfils, não acredito numa grande prestação. O quadro não é de exigência máxima mas num mau dia pode perfeitamente sair de cena.
Pedro Pinto – Garbine Muguruza: A estreia com Veronika Kudermetova é traiçoeira e Petra Kvitova pode ser a rival na terceira eliminatória. Não é fácil escolher, mas a espanhola tem um caminho difícil.
‘Dark horse’
José Morgado – Anett Kontaveit: A estónia tem um bom quadro e é muito perigosa quando ganha confiança. Algo que me diz que tem uma palavra a dizer na luta pelas medalhas…
Nuno Chaves – Maria Sakkari: Se se confirmar a eliminação precoce de Svitolina, Sakkari fica com o caminho bem mais facilitado rumo às medalhas. Tem ténis para isso.
Pedro Pinto – Maria Sakkari: Elina Svitolina é a jogadora mais perigosa num potencial caminho até aos quartos-de-final. Se engatar a forma que mostrou em Roland Garros pode sonhar com uma medalha.
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