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Frederico Silva já treinou (finalmente) em Melbourne: «Tive muita falta de ritmo, foi totalmente diferente»
Depois da tempestade vem a bonança. Certamente este é um dos ditados que Frederico Silva deverá ter mais em mente, afinal depois de 14 dias fechado num quarto de hotel em Melbourne, já pode (finalmente) sair para treinar e preparar o tão desejado Australian Open.
O tenista das Caldas da Rainha falou com o Bola Amarela para explicar como foi o regresso aos courts duas semanas e, como se esperava… foi complicado.
“Ontem fiz o meu primeiro treino no campo, passado tanto tempo, senti muito a falta de ritmo e das sensações em court, foi totalmente diferente. O treino foi muito focado em ganhar as primeiras sensações a bater na bola e não foi fácil pelo simples facto de estarmos ao sol, do dia ser muito claro e era diferente. Estive duas semanas no quarto com pouca claridade, sem sol, os próprios olhos tinham alguma dificuldade em focar a bola”, contou-nos.
Ainda assim, como se costuma dizer, para a frente é que é o caminho. “Depois do treino já me senti melhor. Ontem (domingo) fiz dois treinos, hoje já treinei de manhã e já me senti melhor, mas ainda longe da minha forma. Tenho que aceitar isso, saber que nos próximos dias não vou conseguir estar em forma. Talvez daqui a quatro, seis dias consiga estar numa forma idêntica à que estive no Catar e até lá vou dar o meu melhor”, referiu, num tom de esperança.
São tempos de muito trabalho para o número quatro nacional que, apesar desta longa pausa, acredita que vai chegar ao momento da verdade – o Australian Open – em boa forma. “Acho que já vou estar numa boa forma, posso não chegar num pico de forma mas será idêntica à de Doha. Psicologicamente vou estar muito motivado, fisicamente espero também estar, vou tentar não contrair lesões nestes primeiros dias, depois de tanto tempo parado. Quando o Australian Open começar espero já estar muito melhor fisicamente”, garantiu.
Antes da estreia em Grand Slams, Frederico Silva joga um dos torneios de preparação em Melbourne e o seu adversário é Jiri Vesely, atual 69.º do ranking mundial. “Não há jogos fáceis, o mais justo ou mais equilibrado seria jogar contra alguém que também esteve fechado 15 dias sem treinar, não foi o caso. Vou jogar contra um tenista que treinou durante estes dias, estará em melhor forma que eu, gosta muito destes pisos rápidos. Seria sempre um jogo difícil, nas condições em que estou mais difícil será mas vou dar o meu melhor e vou fazer os possíveis para ter um bom jogo”, explicou ao Bola Amarela.
O tenista português aproveitou ainda para nos revelar como é, depois de duas semanas fechado, viver uma “vida normal” na Austrália, país que não tem praticamente casos de Covid-19. “Tem sido muito de extremos. Primeiro estive fechado num quarto, agora vivo quase como se não houvesse pandemia. Na rua as pessoas andam normalmente, sem máscara, não há os cuidados que temos em praticamente todo o mundo. Apenas nós no torneio, em espaços fechados ou nos transportes, temos o cuidado de usar máscara mas, de resto, ninguém usa, nem os espetadores aqui no recinto. Eles estão mais à frente no controlo do vírus, muito devido às condições extremas que impõem a quem vem para a Austrália”, concluiu.
Recorde-se que Frederico Silva entra em campo na madrugada desta terça-feira frente a Jiri Vesely.
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