Berrettini: «A beleza do ténis está em ter público por perto»

Por Tiago Ferraz - Abril 21, 2020
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O tenista italiano Matteo Berrettini deu uma entrevista à Ubi Tennis onde abordou o tema do coronavírus e o modo como tem passado a fase de confinamento.

“Tenho mais sorte que os outros uma vez  que aqui (na Florida) posso treinar. No jardim temos halteres e pesos e construímos um ginásio. Quando queremos jogar, vamos para uma casa onde ninguém vive atualmente. O perigo reside no facto de fazer a mesma coisa todos os dias”, disse citado pelo Punto de Break.

Namorado da também tenista Ajla Tomljanovic , Berrettini revela que estar 24 horas por dia com a australiana acaba por não ser nada fácil:

“A convivência é muito complicada. Normalmente nos torneios só estamos juntos à hora de almoço. Agora estamos 24 horas juntos e, nesse sentido, às vezes precisamos do nosso próprio espaço. Às vezes há discussões, mas servem para nos conhecermos melhor um ao outro. Acredito, firmemente, que nas relações onde é possível falar de tudo é muito difícil não chegar a desacordos. Se há duas pessoas que pensam sempre da mesma forma, significa que uma elas pensa pela outra”, revela.

Berrettini fala ainda dos ritmos que ambos têm:

“Temos ritmos diferentes, mas a organização da casa está fantástica porque somos ambos desorganizados (entre risos). Como um bom italiano que sou, fico responsável pela cozinha. Tenho um bom queijo, massa e, felizmente, um dos meus patrocinadores dá-me mais massa aqui. Para o meu aniversário, a Ajla preparou-me uma comida típica croata, o cepapcici, que são umas salsichas não muito grossas, com pão e algumas especiarias”, afirmou.

Berrettini tem ainda uma posição muito clara acerca dos encontros à porta fechada:

“O ténis está numa situação complicada porque força-te a viajar. Além disso, não podes decretar que jogadores de um país possam viajar e que de outros países não possam fazê-lo. É preciso que toda esta situação estabilize antes de pensarmos em quando e como podemos viajar. (…) A beleza do ténis está em ter o público por perto, no estádio, na televisão. Se só uma destas partes for cumprida, temos que ter paciência”, ressalvou.

Jornalista de formação, apaixonado por literatura, viagens e desporto sem resistir ao jogo e universo dos courts. Iniciou a sua carreira profissional na agência Lusa com uma profícua passagem pela A BolaTV, tendo finalmente alcançado a cadeira que o realiza e entusiasma como redator no Bola Amarela desde abril de 2019. Os sonhos começam quando se agarram as oportunidades.