Tsitsipas: «Percebi que era melhor do que os outros desde muito cedo, não aceitava perder»

Por José Morgado - Abril 8, 2020
tsitsipas

Stefanos Tsitsipas, número seis do ranking mundial, foi entrevistado esta quarta-feira pelo tenista alemão Christopher Kas, e falou de alguns episódios da sua juventude que marcaram a sua carreira. O grego de 21 anos não esconde que percebeu desde cedo que era melhor do que os outros miúdos da sua idade, mas assume que teve de aprender a perder para crescer enquanto jogador e também como pessoa.

“Percebi desde cedo, desde os tempos dos nacionais, com 9 ou 10 anos, que era melhor do que os outros. Tinha pais ligados ao ténis, treinava mais do que os outros. Mas percebi mais tarde, quando fui número um europeu de sub-14 e sub-16, que tinha alguma coisa de especial. Mas tive de ser humilde porque perdi muitas vezes e tive de lidar com muitas desilusões. Quando era criança achava que tinha de ganhar todos os encontros para um dia chegar a profissional. Quando era pequeno não aceitava perder. Trancava-me no quarto, não falava com ninguém. Ficava furioso e era muito duro comigo. Culpava-me por não ser capaz de vencer naquele dia. Depois amadureci”, confessou o grego sobre os seus tempos de juventude.

Tsitsipas não esconde que nesta altura da sua vida é difícil pensar em objetivos a curto prazo, mas assegura ter confiança nas suas capacidades para alcançar o sonho de vencer um torneio de Grand Slam o mais rapidamente possível. “Difícil pensar em objetivos porque não sei quando voltaremos a jogar. Espero que não seja só no Australian Open como muita gente diz. Tenho trabalhado para ganhar um Grand Slam o quanto antes. Acredito no meu trabalho”.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com