Médico diz que se Murray continuar a jogar ténis pode ter «consequências catastróficas»

Por Nuno Chaves - Outubro 25, 2019

Nove meses depois da operação à anca, Andy Murray contra todas as previsões parece cada vez mais firme e conquistou este domingo o ATP 250 da Antuérpia, algo que não deixou ninguém indiferente.

O que parece é que esta opção do antigo número um mundial em tentar competir ao mais alto nível… é perigosa para a sua saúde. Quem o diz é Hannes Rudiger, médico especialista em operações à anca.

“Para ser sincero, nunca pensei que pudesse alcançar este nível com uma anca artificial. Era uma ‘missão impossível’ mas o Murray está com uma decisão de alto risco. A operação que teve é conhecida como o ‘Rejuvenescimento da anca Birmingham’. Na prótese, duas peças de metal roçam-se entre si. Há 10 anos que este método se faz na Suíça, ocm consequências catastróficas”, admitiu, em entrevista à Blick.

Os avisos continuaram. “As ancas dos pacientes tiveram de ser substituídas mais depressa que as cirurgias convencionais, já que este procedimento é prejudicial para o corpo. Os movimentos do tenista em avançar e parar a toda a hora são extremamente prejudiciais, ainda para mais em alta competição. As placas de metal podem intoxicar o cobalto do sangue do paciente. Os ossos ficariam atacados e podia ter danos nervosos e visuais. É um método que não utilizo e não recomendo a ninguém”, explicou o médico.

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.