Tsitsipas: «Os jogadores britânicos não tiveram de sofrer tanto quanto eu»

Por José Morgado - Março 28, 2019

Stefanos Tsitsipas, de 20 anos, acredita que uma das principais razões pelas quais é o tenista que é hoje está relacionada… com o local de onde vem. O grego, vindo de um país sem qualquer tradição na modalidade, considera que teve de trabalhar e sofrer muito mais do que boa parte dos seus colegas para atingir o seu nível atual.

“Não diria que é injusto, mas parece-me óbvio que uma Federação como a britânica tem muito mais recursos, dinheiro e condições do que a grega, que tem pouco ou nada. É claro que os jogadores britânicos estão numa posição mais confortável e não tiveram de sofrer tanto como eu para chegar onde cheguei”, assegurou o atual número 10 ATP em declarações ao ‘The Times’.

Tsitsipas admite no entanto que foram experiências como as que viveu na sua juventude que fizeram dele quem atualmente é. “Aquilo por que passei tornou-me mentalmente mais forte. Aprendi a dar mais valor a cada coisa que alcancei. Se calhar se fosse de uma Federação muito rica, que me pagasse viagens e estadias, não perceberia a importância dos meus feitos e de cada pequena conquista. Seria tudo demasiado fácil…”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com