Futuro da Taça Davis decide-se esta quinta-feira em Orlando: o que está em jogo?

Por José Morgado - Agosto 15, 2018
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A Federação International de Ténis, através de todos os organismos nacionais, decide esta quinta-feira, em Orlando, o futuro da Taça Davis, a mais importante competição de seleções da modalidade. Em causa está a reformulação completa da prova centenária, de modo a, segundo a proposta da ITF, torná-la mais atrativa para investidores, jogadores e público.

QUEM QUER MUDAR?

David Haggerty, norte-americano que preside a ITF, é um crítico do atual modelo da Taça Davis, que considera estar ultrapassado. Haggerdy chegou a acordo com a Kosmos, uma empresa que tem no futebolista Gerard Piqué um dos seus representantes e que quer investir numa espécie de Campeonato do Mundo de Ténis, e elaboraram uma proposta com a competição totalmente redesenhada: menos semanas de competição, menos eliminatórias em casa e fora e uma fase final com 18 equipas — o tal campeonato do Mundo de uma semana, num formato semelhante ao de outras modalidades.

QUAIS OS VALORES ENVOLVIDOS?

A Kosmos vai investir 120 milhões de euros por ano (!) na ITF, sendo que apenas 60% do valor é para a Taça Davis e Fed Cup. O resto será para distribuir para outros eventos posteriormente criados.

COMO VAI FUNCIONAR A NOVA COMPETIÇÃO?

18 equipas

— 4 apuradas diretamente — as semifinalistas do ano anterior

— 12 apuradas via Playoff*

— 2 wild cards

*O Playoff joga-se em fevereiro e coloca frente a frente as 12 seleções classificadas entre o 5 e 0 16.º no Torneio Mundial do ano anterior e as 12 seleções apuradas dos Grupos Zonais 1, onde por exemplo vai estando Portugal.

QUEM DECIDE?

Todas as Federações nacionais, sendo que para votar têm de se deslocar a Orlando esta quinta-feira. Há países com 12 votos e outros… com 1.

QUE PERCENTAGEM É NECESSÁRIA PARA MUDAR?

O sim precisa de dois terços, ou seja, 66,7%.

COMO ESTÁ A TENDÊNCIA DE VOTO?

O jornalista Ben Rothemberg tem feito uma recolha de votos que indica grande indecisão, nomeadamente do que diz respeito aos países com menos votos. É impossível antecipar resultados…

https:\/\/bolamarela.pt//bolamarela.pt//twitter.com/BenRothenberg/status/1029816989097897988

 

 

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt