Zverev esbanja match point e Nadal não perdoa

Rafael Nadal livrou-se de boa. Naquele que era o encontro que mais algazarra criou na jornada desta quarta-feira em Indian Wells, EUA, o maiorquino esteve a uma unha negra de ser afastado por Alexander Zverev, mas o alemão de 18 anos acabou por acusar o momento numa altura fulcral e esbanjou um match point no terceiro set, a 5-3, que lhe teria dado a maior vitória da sua  ainda curta carreira.

Nadal tomou o controlo daí em diante e não desperdiçou a oportunidade frente ao um dos mais promissores jovens jogadores do circuito, sobre quem os melhores jogadores da atualidade não hesitam em dizer que será número um mundial, selando o encontro por 6-7(8), 6-0, 7-5, ao cabo de duas horas e 34 minutos, avançando aos quartos-de-final da prova californiana.

“Estou muito contente pela vitória, obviamente”, disse Nadal. “É evidente que joguei contra um grande jogador, um jogador que serviu incrivelmente bem, especialmente no início. Estou contente sobretudo pela minha mentalidade, pelo espírito de luta que demonstrei durante todo encontro, sem deixar de acreditar que podia vencer, mesmo nos momentos mais difíceis. Lamento por ele, mas, ao mesmo tempo, eu mereço uma vitória como esta depois de um par de derrotas em que tive oportunidade de vencer”, acrescentou.

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Na próxima ronda, o número cinco mundial vai ter pela frente Kei Nishikori, que, curiosamente, também precisou de suar muito e de salvar um match point diante de John Isner para garantir um lugar no top-8 do Masters 1000 disputado no deserto californiano. O japonês impôs-se por uns muito duros parciais de 1-6, 7-6(2) e 7-6(5).

Quem não teve a mesma sorte foi Stanislas Wawrinka, que alinhou uma prestação com muitos altos e baixos diante de um David Goffin que não desperdiçou a oportunidade para garantir a melhor vitória da carreira, com recurso aos parciais de 6-3, 5-7 e 7-6(5). O belga tem pela frente nos “quartos” Marin Cilic, que derrotou Richard Gasquet (7-5, 5-7 e 6-2) para conquistar a primeira vitória do ano sobre um top-10.

Tarefa bem mais fácil teve Novak Djokovic, para variar. Depois de duas rondas ultrapassadas com inesperada dificuldade, o número um mundial conquistou uma tranquila vitória diante de Feliciano López, por 6-3 e 6-3. Defronta de seguida Jo-Wilfried Tsonga, que tirou do caminho Dominic Thiem por 6-3 e 6-2.

Em grande esteve também Milos Raonic. O canadiano não permitiu uma única quebra de serviço a Tomas Berdych e arrecadou uma vitória assente nos parciais de 6-4 e 7-6(7), que o coloca em colisão com Gael Monfils, numa reedição dos quartos-de-final do Open da Austrália. O gaulês afastou Federico Delbonis por 6-3 e 6-4.