Zverev defende-se: «Em Roland Garros perdi com o Djokovic, não com o 250.º do Mundo»

Por José Morgado - Junho 10, 2025
Foto: EPA

Alexander Zverev foi derrotado por Novak Djokovic nos quartos-de-final de Roland Garros e no final do encontro foi muito criticado, especialmente na Alemanha. O número três do Mundo já regressou ao seu país e defendeu-se.

FELIZ EM ESTUGARDA

Sempre tive a oportunidade de jogar aqui, algo pelo qual estarei sempre grato. Já não vinha cá há algum tempo porque tenho tido bons resultados consistentes em Paris recentemente, o que penso que é uma boa razão. A verdade é que gosto muito deste torneio, por isso estou feliz por estar de volta. Vou dar o meu melhor para tentar sair daqui com uma vitória. Vou ter de me preparar da melhor forma possível neste curto espaço de tempo.

ANSIOSO PELA RELVA

Penso que mostrei o meu melhor ténis na relva no ano passado; diria que foi a melhor versão da minha carreira até agora. Mais uma vez, estou muito feliz por estar de volta aqui, por isso a minha intenção é fazer um grande torneio, mostrar o meu melhor ténis desde o início, embora possa precisar de alguns dias de treino antes. Já passou muito tempo desde a minha última vez aqui, mas as instalações ainda são bonitas. Penso que os adeptos aqui estão incrivelmente envolvidos. Tenho a sensação de que será uma grande semana.

DEFENDE-SE DAS CRÍTICAS APÓS ROLAND GARROS

Quando as coisas não correm bem para mim, de repente todos se tornam muito inteligentes. Infelizmente, isso também inclui o Boris (Becker). Recuperei de uma lesão gravíssima para voltar a ocupar o segundo lugar do mundo e ainda me vejo como um forte candidato a lutar contra os dois rapazes no topo. Mesmo que o último combate não tenha sido o meu melhor; perdi para o Novak Djokovic, não para o Hanspeter, o número 250 do ranking mundial.

ZANGOU-SE COM BECKER

Estarei sempre disposto a falar com ele se ele me quiser dizer alguma coisa, tudo bem. Haverá sempre coisas em que discordamos, claro, mas tenho muito respeito por ele e estou sempre disposto a ouvir tudo o que ele tem para dizer. Claro que isto não significa que tenha de concordar sempre com ele.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com