Zverev arrependido: «Ainda sinto vergonha do que fiz. Mereço estar a passar por isto»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Março 10, 2022

Alexander Zverev já sabia que a sua conferência de imprensa em Indian Wells ia ser dominada pelo que fez em Acapulco. Com pena suspensa de um ano, o alemão volta à competição na Califórnia e mostrou-se profundamente arrependido por tudo aquilo que fez no México, onde bateu repetidamente com a raquete na cadeira do árbitro após o encontro de pares.

“Ainda sinto vergonha do que fiz. Tenho uma sensação estranha quando ando pelo balneário entre os meus companheiros, mas sei que todos erramos. Posso garantir que nunca mais vou voltar a agir desta maneira na minha vida. Foi o pior momento da minha carreira”, confessou.

Mas Zverev não ficou por aqui e pediu a compaixão dos adeptos. “Espero que as pessoas me perdoem. Há muitas pressões externas a que estamos sujeitos e que quem está de fora talvez não veja. Garanto que o que estou a passar é muito complicado. Mas mereço isto depois do que fiz. Vou fazer tudo o que depender de mim para que não se repita e para manter a promessa que fiz a mim e a quem está perto de mim”, acrescentou.

Sascha falou ainda sobre o que pode ter levado ao descontrolo. “No dia anterior joguei até às 5 da manhã e voltei ao court para jogar pares. Dou sempre tudo em court e outro jogador não teria dado 100 por cento nesse encontro de pares. Estava cansado física e mentalmente, até que perdi o controlo. Às vezes isso acontece, são situações muito frustrantes, mas o que eu fiz não tem desculpa”, admitiu.

Por fim, considerou justa a punição dada pela ATP. “Se voltar a fazer algo assim, a ATP tem todo o direito de castigar-me, é tão simples como isso. Houve outros episódios parecidos e a decisão tomada foi parecida. O que fiz foi terrível, mas a ATP usou a mesma medida que usou com outros casos assim. Se voltar a acontecer algo assim significa que não aprendi nada. Todos merecemos uma segunda oportunidade na vida mas se cometeres erros repetidamente quer dizer que não aprendeste”, rematou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt