Zverev: «A ATP nasceu para proteger os jogadores mas o ténis é um negócio agora»
Alexander Zverev arrancou bem a sua caminhada no Masters 1000 de Miami, mas a conferência de imprensa após a vitória sobre Jacob Fearnley foi marcada por várias perguntas sobre o processo judicial da PTPA à ATP, WTA e ITF. Ora, o alemão não se demarca mas também não apoia essa ação.
“Ainda é muito cedo para dizer o meu desejo em relação a tudo isto. Há alguns pontos valiosos a tratar, mas os jogadores e os circuitos devem unir-se e não lutar entre si. Não sei qual é o objetivo principal da PTPA, não sei o que querem daqui, mas acredito muito na ATP, num circuito saudável. A ATP tem recursos, talvez melhorar custe muito dinheiro, mas tudo o que já fizeram não pode desaparecer. Aqui o perigo é para o circuito WTA, que é mais frágil”, começou por afirmar.
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Acima de tudo, Zverev quer que os jogadores sejam protegidos. “A ATP nasceu como uma associação de jogadores com a intenção de proteger os jogadores ao máximo, mas o ténis é um negócio agora. Como qualquer outro desporto, tornou-se um negócio. De um lado estão os jogadores e do outro os torneios, mas há gente pelo meio. Entre todos os problemas, um deles é o calendário, outros são os torneios ampliados, a participações em exibições, etc. Acho que os circuitos estão a fazer um bom trabalho com isto, então há que apontar mais aos Grand Slams. Nos últimos 15 ou 20 anos, acho que a ATP se tornou uma espécie de empresa em que os torneios são mais importantes do que os jogadores. A saúde do jogador devia estar em primeiro lugar”, rematou.