Wozniacki acusa WTA de a ter "forçado" a jogar Toronto
Conhecida por Miss Sunshine, Caroline Wozniacki é tida como uma das mais sorridentes e simpáticas jogadoras do circuito feminino, mas desengane-se quem considera que a dinamarquesa se inibe de mostrar cara feia quando se sente obrigada a fazer o que não quer.
A atual número cinco mundial não resistiu à segunda ronda do Premier de Toronto, no Canadá, tendo cedido para a suíça Belinda Bencic por duplo 5-7, e não demorou a tecer críticas à WTA por ser obrigada a disputar a Rogers Cup, quando não se sentia ainda preparada, depois de ter treinado com limitações nas últimas semanas devido a lesão na perna.
“Não tenho treinado durante uma semana seguida porque queria ter a certeza de que estava a cem por cento, e hoje [ontem] foi a primeira vez que completei uma semana de treino”,confessou a antiga líder da hierarquia. “Quero ser capaz de jogar o meu melhor ténis mas não se consegue fazer isso sem treinar. Mas as regras dizem que, se fores uma top-10, tens de te comprometer, ser forçada a jogar”,acrescentou.
“Se não jogares, és penalizada com multas pesadas e ganhas zero pontos para o ranking… o que é uma loucura. Tem tudo a ver com a WTA. ‘Queremos as jogadoras fisicamente bem, queremos que joguem ao seu melhor nível em todos os torneios e queremos tornar isto difícil para elas’. Isso é bom, mas a questão é que ao forçarem-te a jogar sempre, se não estiveres a cem por cento, não está certo”,continuou.
Embalada pela frustração de não ter alcançado os resultados desejados nas últimas semanas, Wozniacki foi ainda mais longe nos comentários que dirigiu à WTA: “fiz parte do conselho de jogadoras durante algum tempo e já não faço porque as jogadoras queixavam-se deste tipo de regras constantemente mas sentiam não podíamos fazer nada contra elas”.
Esta foi a segunda vez consecutiva que a jogadora escandinava, finalista do US Open em 2009 e 2014, é eliminada na segunda ronda, depois de em Stanford, na semana passada, ter sido surpreendida por Varvara Lepchenko.