Vega Hernandéz: «Vende mais um tweener do Kyrgios do que um primeiro título de um jogador em pares»

Por José Morgado - Setembro 21, 2021

David Vega Hernandez, espanhol que se dedicou nos últimos anos à variante de pares e que esta terça-feira foi eliminado na primeira ronda do ATP 250 de Metz — ao lado do seu amigo australiano Alex De Minaur –, lamentou em entrevista ao site espanhol ‘Punto de Break’ a falta de atenção que os tenistas de pares continuam a ter, tanto para o fãs, como para patrocinadores e imprensa.

“Há muita desigualdade entre os singulares e os pares. Em termos de atenção mediática, especialmente. Vende mais um tweener do Kyrgios, ou um serviço por baixo, mesmo que num treino, do que o David Vega vencer em Umag o seu primeiro título ATP. As coisas são como são. É triste, mas pronto”, assumiu o espanhol.

Atualmente dentro do top 100 de pares, Vega Hernandez tem rodado parceiros em 2021 e lembra o quão difícil é entrar nos maiores torneios. “Para entrar num Masters 1000 preciso de entrar no top 30, é muito complicado. Porque há poucas duplas na lista e ainda temos os tenistas de singulares que podem entrar com os seus rankings. É difícil”, assumiu.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt