Vasco Costa: «O melhor polaco não veio. Nunca nenhum dos jogadores me disse que não queria vir»

Por José Morgado - Março 5, 2022
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Vasco Costa, presidente da Federação Portuguesa de Ténis, passou este sábado pela sala de conferências de imprensa do Complexo de Ténis da Maia para elogiar o comportamento de todos os envolvidos na eliminatória diante da Polónia, que terminou com um triunfo português por 4-0.

FELIZ COM A VITÓRIA

“Bastante contente. Há quatro anos que não jogávamos em Portugal e o fator casa é muito importante. A eliminatória não foi tão fácil como parece pois ganhámos os três encontros em terceiro set. Feliz pelo apoio da Câmara, do público e feliz pela equipa”.

CONTRASTE DE GERAÇÕES NA EQUIPA LUSA

“Isto transmite-se entre gerações. Estamos a viver um misto de gerações, desde jogadores com muita experiência e outros dois mais novos que entraram recentemente. Esta passagem de testemunho e aprendizagem é muito importante. Vimos a motivação que eles têm para jogar. Os polacos não trouxeram o melhor jogador e eu desde que sou presidente nunca tive um jogador que se tenha recusado a jogar a competição”

SONHO DO GRUPO MUNDIAL/DAVIS CUP FINALS

“Tivemos uma grande oportunidade contra a Alemanha em casa, no Cazaquistão outra oportunidade. Acho que na Taça Davis o fator casa é muito importante por causa do piso, público e condições. A Bielorrússia por exemplo foi multada por jogarmos num piso acima dos limites legais de velocidade. Estivemos quatro anos a jogar fora.”

PORQUÊ A MAIA?

“O capitão escolheu o piso, terra batida. Nesta altura do ano é difícil jogar ao ar livre e tínhamos de escolher um local indoor. Não havia muitas possibilidades mas desde logo a CM Maia mostrou interesse em apoiar a organização deste evento. Não há muitos courts com estas caraterísticas em Portugal. Estudámos a possibilidade de cobrir o court central do Jamor e havia ainda o Clube de Ténis do Porto”.

IMPORTÂNCIA DA DAVIS PARA OS NOSSOS JOGADORES

“Davis é a maior competição do Mundo de seleções e o expoente máximo do ténis em termos de seleções. Sempre foi um objetivo jogar o Grupo Mundial. Espírito de equipa, entreajuda e tudo mais é um fator motivacional muito forte. A forma como os nossos jogadores se sentem motivados a representar as cores nacionais é muito grande. A Taça Davis tem receitas próprias. Prémio de presença, vitória, organização e todos os custos estão aliados a este fator. Hoje em dia, na maioria das vezes, a Taça Davis dá lucro face aos prémios que recebemos.”

DE NOVO MUITOS CHALLENGERS EM 2022

“Para já sete Challengers. Três no Jamor. Em junho um Challenger 50 na semana do qualifying de Wimbledon, depois o Porto Open na segunda semana de Wimbledon, Braga e Lisboa nas mesmas semanas do ano passado e a Maia no final do ano. O ATP tem falado connosco para fazer mais, mas coincidia com torneios ITF que já temos e achávamos que não era desejável. Mas estamos em contacto.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt