Vacherot ainda não acredita no título em Xangai: «Comecei como 22.º alternate do qualifying…»
Valentin Vacherot escreveu uma das histórias mais sensacionais no ténis mundial, ao conquistar o Masters 1000 de Xangai de forma épica. O monegasco quase não entrava na fase de qualificação, passou por ela, deu a volta a seis encontros e bateu o primo Arthur Rinderknech na final. É preciso alguém beliscá-lo porque ainda não acredita no que fez!
DE NEM SABER SE JOGAVA AO TÍTULO
Quando cheguei aqui nem sabia se podia jogar o torneio. Arrisquei um pouco. Comecei como 22.º alternate do qualifying. Entrei um pouco mais de um dia antes do arranque. Os desafios estavam por todo o lado. Até na primeira ronda do qualifying perdia por 7-6 e 4-3. Também salve um break point quando perdia por 4-3 no terceiro da segunda ronda do qualifying. Salvei pontos de break contra Bublik na segunda ronda, ganhei seis encontros estando set abaixo. Estou tão feliz por estar aqui que neste momento parece surrealista.
EMOÇÃO NUMA FINAL ESPECIAL
Nem sequer entendo por que estou aqui agora. É uma loucura. Acho que vou começar a perceber tudo nos próximos dias. Agora só quero desfrutar do momento. Emocionei-me muito no court depois da cerimónia, estando ali com o Arthur. Foram momentos incríveis para ambos, para a nossa família. Infelizmente, só houve um vencedor. Mas a nossa família ganhou, o ténis também, porque a história que escrevemos é incrível.
TINHA O TORNEIO NA CABEÇA
É uma loucura dizer, mas neste verão tinha este torneio na cabeça. Sabia que era o torneio mais importante antes do fim da temporada em que eu teria hipóteses de entrar, agora que há grandes sorteios no qualifying. Sabia que tinha essa hipótese e se queria alcançar o objetivo de entrar no top 100 tinha de estar bem aqui. Mas não tinha ideia de que era isto que ia fazer.
CONHECER ROGER FEDERER
Não vou mentir. Depois de ganhar ou perder alguns pontos, olhava para ele para ver como reagia. Foi incrível tê-lo ali. Sempre que aparecia no ecrã causava mais euforia do que depois de alguns dos grandes pontos que jogamos. É assim tão incrível e grandioso para o desporto e continua, mesmo depois de ter deixado o ténis. Joguei contra Novak Djokovic, conhecei Roger Federer… Foi uma semana de loucos.
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