Tsitsipas rendido: «Nunca trabalhei com ninguém tão determinado como o meu pai»

Por Nuno Chaves - Agosto 10, 2025

Stefanos Tsitsipas avançou para a terceira ronda do ATP 1000 de Cincinnati depois de ter realizado uma das exibições mais consistentes da temporada.

O grego, que procura recuperar os dias de glória, mostrou-se muito satisfeito com o rendimento e deixou muitos elogios ao seu pai, que voltou a ser o seu treinador, admitindo mesmo que nunca sentiu tanto comprometimento na sua vida.

EXIBIÇÃO FELIZ

Tudo se resumiu a pensar bem nas respostas ao serviço. Sinto que essas não foram muito boas no início do encontro. Digo isto porque ele escapava-se muitas vezes com vantagens de 40-0. O meu principal objetivo era meter o maior número possível de respostas dentro do campo e tentar obrigá-lo a jogar.

CONTENTE COM O SERVIÇO

Senti-me muito confiante no meu serviço, sinceramente, por isso sabia que se fosse capaz de manter essa estabilidade e continuar a ganhar os meus jogos de serviço, tudo correria bem. No momento em que comecei a colocar boas respostas, consegui impor o ritmo do encontro. Foi isso que me ajudou, sobretudo, a vencer o primeiro set. Psicologicamente, também dei um passo em frente.

ELOGIOS AO PAI

É ótimo tê-lo de volta na equipa. É daquelas coisas que ninguém consegue substituir. Trabalhámos juntos durante muitos anos, temos muitas boas memórias juntos. Também é verdade que a relação pai-filho pode ser um pouco complicada por vezes, não o nego. Tivemos momentos melhores e piores, má comunicação em certos aspetos, mas ninguém é perfeito.

NOVA FASE COM O PAI

Abri-me como nunca com ele, estamos a trabalhar nisso. Nunca antes tinha sido tão transparente com ele. Era importante para mim começar a desenvolver esse hábito, ser um melhor comunicador. São coisas importantes. Ele é uma grande pessoa e foi quem me moldou, não só como tenista, mas como pessoa. Devo-lhe muitas coisas. Quero construir algo especial, algo memorável e duradouro na minha carreira. Passámos três ou quatro dias em Toronto a treinar depois da minha derrota no torneio, algo que não é habitual. Conectámos muito, foram momentos em que conseguimos identificar o que havia a melhorar. A dedicação e determinação do meu pai… Nunca trabalhei com ninguém tão determinado como ele, alguém capaz de passar tantas horas em campo para alcançar o resultado certo. Isso inspira-me, mostra-me que ele faria tudo por mim para que eu atinja a melhor versão de mim próprio.

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Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.