Top 20 em 2018 troca ténis pelos estudos após lesão grave

Por José Morgado - Março 3, 2020
MihaelaBuzarnescu

Mihaela Buzarnescu, uma romena que só atingiu o top 20 em 2018, aos 30 anos, depois de um início de carreira marcado por vários lesões graves, voltou a ver o azar bater-lhe à porta por várias vezes em 2019, quando devido a lesões sucessivas se viu caída para fora do top 100. Longe dos courts e impossibilitada de competir, Buzarnescu decidiu estudar e agora até pondera nunca mais voltar.

“Tenho desfrutado das descobertas que tenho feito sobre mim, sobre a minha personalidade. Gosto de saber como funciona o mundo para poder partilhar com os outros”, confessou Buzarnescu, na rubrica ‘Behind the Racket’, revelando ainda que o curso superior que está a tirar é ‘Ciências do Desporto’.

Regressar ao ténis não está nos planos atuais: “O ténis não é tudo. Ainda quero voltar, mas não me vejo a jogar muito mais tempo. As pessoas acham que ser tenista é a melhor vida do mundo, que passeias pelo mundo e conheces muita coisa, mas a verdade é que passas a vida em hotéis ou dentro de court. Raramente temos um dia livre para fazer algum turismo”.

Lesionada no ombro esquerdo, a canhota romena espera que as coisas mudem no ténis feminino. “Precisamos de ser mais abertas, de conversar mais umas com as outras. Estamos sempre a ver as mesmas caras ao longo dos anos e era interessante se fossemos mais como uma família”.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt