Tiafoe reafirma-se: «Continuo a pensar que Alcaraz e Sinner não são invencíveis»

Por Rodrigo Caldeira - Dezembro 10, 2025

Se há algo que define Frances Tiafoe (30º) é que raramente poupa palavras ou se contém quando fala publicamente. A sua personalidade, valeu-lhe um arquivo de declarações onde nem sempre sai bem na fotografia, mas que o transforma num dos tenistas que mais jogo dá à imprensa. E, claro, quando mostra a sua melhor versão em court, o seu ténis, incrivelmente divertido, também lhe dá algum crédito quando diz certas coisas, especialmente quando enfrenta os melhores do mundo em torneios ATP.

Como se não bastasse, o norte-americano é um dos poucos que se pode dar ao luxo de exibir vitórias sobre Carlos Alcaraz (1º) e Jannik Sinner (2º), o duopólio que domina o circuito com mão de ferro. O problema, claro, é que essas vitórias já ficam muito distantes: remontam a 2021, quando nem o espanhol nem o italiano eram uma fração do que são hoje.

Especialmente com Carlos Alcaraz, com quem já protagonizou encontros de altíssima tensão. Em concreto, dois: umas meias-finais do US Open 2022, que abriram ao murciano a porta para o seu primeiro Grand Slam, e uma terceira ronda em Wimbledon 2024, na qual Carlitos fez uma autêntica manobra de sobrevivência. Em ambas as ocasiões, o encontro foi até ao quinto set e a surpresa pareceu realmente possível

PODE VENCER A ALCARAZ E SINNER 

“Continuo a pensar que o Carlos e o Jannik não são invencíveis. Tenho de pensar dessa forma. Olha, enfrentei o Carlos duas vezes, ele ganhou esses dois Grand Slams e, em ambos os encontros, fomos ao quinto set. E continuo a pensar que deixei passar essas oportunidades. O encontro do ano passado, em Wimbledon, acho que foi um jogo que deixei escapar. É verdade que no US Open fui-me aguentando como podia. Chegámos a estar 3-3 no quinto set, mas eu sobrevivia como conseguia em cada parcial, até naqueles que ganhei. No entanto, em Wimbledon senti mesmo que estava um set à frente, com dois 0-30 nos seus jogos de serviço, por isso. Se me perguntas: são dois jogadores dificílimos de bater? Claro que sim. É por isso que ganham praticamente todos os torneios em que jogam. Mas, se me dizes que praticamente todo o circuito tem hipótese de vencer qualquer um, e que no fim da semana tens de ganhar a dois jogadores, eu assino por baixo.”

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Apaixonado por desporto no geral, o ténis teve sempre presente no topo da hierarquia. Mas foi precisamente depois de assistir à épica meia-final de Wimbledon em 2019 entre Roger Federer e Rafael Nadal, que me apaixonei e comecei a acompanhar de perto este fabuloso desporto. Atualmente a estudar Ciências da Comunicação na Universidade Autónoma de Lisboa.