Tem 15 anos, viveu no Algarve e foi chamado para defrontar Portugal na Davis

Por José Morgado - Março 6, 2020
vilius

Vilius Gaubas tem apenas 15 anos e foi surpreendido nas últimas semanas com uma chamada do selecionador nacional da Lituânia, Rimvydas Mugevicius, para integrar os trabalhos da equipa que iria defrontar Portugal no Playoff do Grupo 1 da Taça Davis.

O miúdo, que não tem ranking ATP e muito pouca experiência em juniores, tem jogado essencialmente torneios de sub-16 da Tennis Europe nos últimos meses, em que se mudou para a Academia de Juan Carlos Ferrero, em Alicante, depois de em 2019 ter sido medalhado nos Festival Olímpico da Juventude de Baku.

    

Ironia do destino é o facto de Gaubas, nascido em dezembro de 2004, ir ter esta sua primeira experiência a grande nível diante de um país que ele conhece bem: é que o miúdo lituano passou vários anos da sua infância em Portugal, mais precisamente no sotavento Algarvio, tendo mesmo sido campeão regional do Algarve no escalão de sub-12 pelo Clube de Ténis de Vila Real de Santo António.

“Mudei-me de Portugal para Espanha há muito pouco tempo. Vivi lá durante muitos anos e por isso conheço estes jogadores todos. Vi o João Domingues e o Frederico Silva jogarem ao vivo algumas vezes. O João e o Pedro Sousa só na televisão, mas o nível deles é impressionante”, confessou o jovem lituano, que chegou a fazer dupla em alguns torneios internacionais de sub-12 e sub-14 com Tiago Pereira, também agora a dar os seus primeiros passos nos juniores.

A história, partilhada também nas redes sociais pela página ‘Ténis em Português’, foi assinalada pelo próprio jovem no seu Instagram, mostrando que não esquece os tempos passados no maravilhoso Algarve.

É muito pouco provável que Gaubas venha a jogar — talvez se houver algum ‘dead rubber’, mas a verdade é que só a convocatória já o deixou muito surpreendido. “Não estava nada à espera de ser chamado. Estou a ver tudo isto como uma forma de me motivar para continuar a crescer. Este ano vou jogar apenas juniores e treinar com jogadores deste nível ajuda-me bastante”.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com