This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.
Talento Blockx brilha no Jamor com título aos 19 anos mas não tem pressa: «Tudo a seu tempo»
A trilogia de Indoor Oeiras Open na nave de campos cobertos do Complexo de Ténis do Jamor acabou com a coroação do belga Alexander Blockx como campeão.
Tal como Carlos Alcaraz em 2021, Arthur Fils em 2023 e Hamad Medjedovic já em 2025, mas sobretudo os dois últimos por terem ganho nas mesmas condições (o título do espanhol também foi no Jamor, mas em terra batida), Alexander Blockx (203.º) também escreveu no histórico complexo português uma página de história a recordar mais tarde, finalizada com os parciais de 7-5 e 6-1 sobre o canadiano Liam Draxl (208.º).
Draxl já tinha jogado uma final de singulares neste palco — foi finalista do Indoor Oeiras Open 1 — e no dia anterior conquistou o título de pares, mas Blockx reuniu mais argumentos e impediu um fim de semana festivo do canadiano para garantir não só a estreia no top 200 ATP, como a entrada no top 150.
No primeiro frente a frente entre ambos tudo foi dependente do que fez o belga, campeão do Australian Open de sub 18 há dois anos e número um mundial do escalão meses depois. Com mais armas, o tenista de Antuérpia penalizou o ténis mais passivo do adversário e nem pontos de break enfrentou a caminho de um triunfo que se tornou por demais evidente a partir do momento em que assinou a primeira das três quebras de serviço: foi ao 12.º jogo do primeiro set, precisamente para conquistar o parcial, e a partir daí não mais olhou para trás, tornando o segundo quase num proforma ao mesmo tempo que Draxl cedia ao cansaço.
“Tive alguma sorte no final do primeiro set, mas no segundo joguei com muito mais confiança e vi que ele estava a sofrer com alguns problemas físicos. Fiz um encontro muito sólido, não cometi demasiados erros e avancei sempre que tive oportunidade. Fiquei feliz com o meu nível”, reconheceu o novo campeão.
“Ele devolve muitas bolas e é muito rápido, mas dá-me tempo de acelerar as minhas pancadas e por conta disso consegui fazer um jogo mais agressivo, sobretudo do meu lado direito e subir várias vezes à rede. Para jogadores que tenham dificuldades em finalizar o ponto ele é um pesadelo, mas para mim foi o melhor encontro da semana [em termos de encaixe]“, acrescentou Blockx.
Se à chegada a Portugal estava à porta do top 200, com a campanha desta semana Alexander Blockx assegurou não só a entrada nesse grupo, como a estreia no top 150 — será mesmo 146.º na atualização de segunda-feira, bem posicionado para conseguir muito em breve a sempre marcante entrada no top 100 (defende apenas 72 pontos nos próximos seis meses).
Sem celebrações efusivas e de olhos postos no futuro, porque “é melhor celebrar um título do Grand Slam, como o [Jannik] Sinner”, o objetivo passa por terminar a temporada em voos maiores: “Seria muito bom acabar o ano a jogar o Next Gen ATP Finals. No último ano vi vários colegas da minha idade a jogar e isso motivou-me muito a estar lá este ano.” A custo, lá admitiu que “chegar ao top 100 seria um feito muito bom, mas se não for este ano será no próximo ou daqui a dois, tudo a seu tempo.”
- Categorias:
- ATP World Tour