Soderling sonha com o regresso ao campo de batalha

Por admin - Abril 16, 2015

Há quem acredite que mais depressa iremos ver emergir do nevoeiro D. Sebastião do que voltaremos a ter Robin Soderling pronto a travar batalhas no court, mas o sueco recusa render-se aos efeitos da mononucleose e continua a fazer por acreditar que vai voltar a fazer da raquete a sua principal arma.

“Continuo a sonhar com o regresso. Muitos jogadores conseguem bons resultados mesmo depois dos trinta dos anos”, disse o escandinavo ao jornal Le Monde.

O seu nome surge ainda de forma tão espontânea e recorrente no campo de batalha tenístico que custa a acreditar que já passaram quatro anos desde que o circuito deixou de poder contar com o jogador de 31 anos na sua armada. O último encontro que disputou com armadura ATP envergada? “Não sei muito bem. Foi um 1-6, 2-6 ou 2-6, 2-6. Foi bastante rápido, de qualquer maneira”.

O ano de 2011 corria de feição ao único jogador capaz de expulsar Rafael Nadal do território onde o espanhol nunca se permitia a grandes recuos, mas uma mononucleose acabaria por apunhalar o sueco pelas costas e transformar aquela que estava a ser a sua melhor temporada de sempre (alcançou a quarta posição do ranking e conquistou quatro títulos) num ano que acabaria por ditar o seu afastamento dos courts por tempo indeterminado.

Depois de diagnosticada, a infeção viral não demorou a disparar os seus maléficos efeitos pelo sistema imunitário do jogador escandinavo, e as armas que o fizeram conquistar grandes batalhas no court foram afetadas de uma forma profunda. As mazelas que resultaram da ‘doença do beijinho’ ainda se fazem notar, não propriamente quando está no court.

“Estou a melhorar, mas muito lentamente. Já consigo treinar, o problema vem depois, com a recuperação”.

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Com a temporada de terra batida aí e Roland Garros à espreita, o assunto ‘vitória sobre Nadal em Paris’, na quarta ronda, em 2009, não foi esquecida pelo jornal gaulês. “Está sempre a falar-se no assunto, o que é bom, mas gostava de ser lembrado por algo mais. Mesmo que seja uma boa vitória, é apenas um encontro. Quando olho para trás vejo mais do que isso”, rematou o sueco, agora diretor do torneio de Estocolmo.