Soderling chegou a querer matar-se: «Procurei no Google como fazê-lo»

Por José Morgado - Julho 5, 2020
Robin-Soderling

Robin Soderling, sueco que foi vice-campeão de Roland Garros em 2009 e 2010 antes de ser forçado a abandonar o ténis de forma precoce por causa de uma grave mononucleose, confessou este domingo numa surpreendente entrevista que pensou em suicidar-se na pior fase da sua vida.

“Tinha muita ansiedade em todos os momentos da minha vida. Sentia-me mal constantemente, não queria fazer nada. Estava sem vontade. Não entendia nada daquilo que se passava à minha volta. Tudo me dava medo e cheguei a passar tardes a pesquisar no Google sobre diferentes maneiras de me suicidar”, confessou ao sueco em declarações recolhidas pela EFE.

Todos os seus problemas começaram… dentro do court. “Sentia-me muito pressionado de cada vez que pisava um campo de ténis. Entrava em pânico e quando chegava ao hotel chorava sem parar. Era como se estivesse constantemente com uma pistola apontada à cabeça. A sensação de que ia ter um encontro no dia seguinte era a pior do Mundo”.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com