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Shelton termina a temporada: «Desde a minha lesão no US Open, só joguei um bom encontro»
A temporada terminou para Ben Shelton (5.º). O norte-americano põe um ponto final em 2025 com um sabor amargo pelas suas três derrotas nas ATP Finals e também pela lesão no ombro que sofreu no US Open, que o impediu de voltar ao grande nível que exibiu na primeira metade do ano.
Convém recordar que Ben Shelton alcançou as meias-finais no Open da Austrália, os oitavos de final em Roland Garros e os quartos de final em Wimbledon. Além disso, conquistou o seu primeiro título Masters 1000 em Toronto, mas, a partir desse momento, o seu ombro disse basta perante tanta potência bruta. Saltou a digressão asiática e, desde o seu regresso na reta final da temporada, viu-se claramente que lhe faltava ritmo, confiança e inspiração nos momentos chave.
AUTOAVALIAÇÃO DA TEMPORADA
“Foi duro terminar a temporada assim, com um 0-3 nas ATP Finals. Sim, para mim foi um ano fantástico, sem dúvida. Houve muitos aspetos positivos. O ténis está cheio de altos e baixos. Isto só fará com que trabalhe ainda mais durante a pré-época e que esteja ainda mais entusiasmado para a temporada de 2026. Mas sim, custa, sem dúvida.”
LESÃO NO OMBRO
“Definitivamente, não joguei bem. Na verdade, desde a minha lesão no US Open só fiz um bom encontro. E, sinceramente, também não diria que hoje tenha sido um mau encontro, mas creio que só joguei bem contra o Rublev, em Paris. Ao regressar depois de algum tempo parado, custa-me um pouco encontrar o meu ritmo. Tentar fazê-lo no final do ano, quando os outros estão em excelente forma, é difícil. No meu caso, sei que acabarei por encontrá-lo, sei que recuperarei o meu ritmo e todos os diferentes golpes de que preciso em campo. Hoje joguei um bom encontro no fundo do court e na rede. Sinceramente, fui superado no serviço. Esse foi o padrão comum dos três jogos que fiz aqui: os adversários serviram melhor do que eu. Não é a minha maior preocupação. Sei que tenho um grande serviço. Há que dar mérito aos jogadores que estão em forma nesta fase final da época. Não houve jogos fáceis no meu grupo e eu fiquei um pouco aquém.”
MUITO PARA APRENDER
“Sempre tento alcançar aqueles que estão à minha frente. Como posso melhorar? Como posso ser mais eficaz? Sem perder de vista aquilo que me torna bom e sem tentar mudar demasiado. Mas sim, sem dúvida que é revelador poder jogar contra alguns dos melhores jogadores do mundo e perceber nas coisas em que tenho de melhorar. Ainda não sou o jogador que quero ser. Nem de perto. Há muitas coisas em que tenho de trabalhar. Mas, no meu caso, tenho sorte. Pode ver-se isto de duas maneiras: ou estive um mês e meio parado por causa de uma lesão, ou tive um mês e meio de descanso. Agora, quando volto a casa, não preciso de tempo para relaxar e deixar de jogar antes de começar a treinar. Posso voltar diretamente ao trabalho.”
CONFIAR NO PROCESSO
“Acho que o ténis é um desporto em que não se obtém gratificação imediata. Posso estar a trabalhar em certas coisas agora esta semana, ou ter trabalhado nelas nos últimos três meses, nos últimos dois, ou no último mês, enquanto tentava regressar. Pode ser que ainda não o veja em campo. Mas talvez na Austrália, em Paris, ou em algum momento do próximo ano, comece a ver essas coisas a materializarem-se. Sempre foi assim na minha carreira. Defino um objetivo e começo a trabalhar nele todos os dias. Não se alcança de imediato. É frustrante. Mas, sem dúvida, com o tempo, desde que continue a trabalhar de forma consistente todos os dias, o que nunca foi um problema para mim, vejo que essas coisas começam a funcionar e a dar frutos nos meus jogos.”
ENFRENTAR OS MELHORES
“O ténis é um desporto de confrontos diretos. Se olharmos para os quatro melhores, todos são jogadores muito diferentes, ou para os cinco melhores, ou para os dez melhores. Todos são muito diferentes. Cada confronto será distinto. Há certas coisas de que gosto muito quando jogo contra determinados jogadores. Há coisas de que eles provavelmente gostam quando jogam contra mim, e outras que detestam. Tentar descobrir como ser mais disruptivo é diferente se estivermos a falar de Alcaraz ou Sinner. São dois jogadores completamente diferentes. Zverev, Fritz, Djokovic, qualquer um dos melhores jogadores, todos têm soluções diferentes. Tens de ser capaz de te adaptar em plena ação quando jogas contra certos adversários e não te apaixonares por um plano de jogo específico contra alguém, porque queres jogar o teu próprio jogo e manter-te fiel a ti mesmo, fazendo aquilo que são os teus pontos fortes. No meu caso, acho que tenho um estilo muito específico com o qual gosto de jogar. Isso ajuda-me a render ao máximo. Ao mesmo tempo, tenho de encontrar formas de incomodar os adversários.”
ADAPTAR NAS SUPERFÍCIES
“Acho que os melhores jogadores adaptam-se. Os melhores jogadores são excelentes a mudar pequenos detalhes no seu jogo para serem eficazes em todas as superfícies. Para ganhar Grand Slams em múltiplas superfícies, para ganhar muitos títulos em diferentes superfícies ao longo da época, é preciso ser capaz de se adaptar. Esse é um dos meus principais objetivos para 2026”
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