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Djokovic com um dos piores inícios de época da sua carreira
Se há coisa que não se pode (ou podia) apontar a Novak Djokovic é a forma como inicia as suas temporadas. Desde o arraso em 2011, onde somou 41 vitórias consecutivas, até às excelentes prestações de 2015 e 2016, juntando alguns títulos da categoria Masters 1000 ao já crónico Open da Austrália, Nole não tinha por hábito facilitar. Logo à entrada colocava a concorrência em sentido.
Ora, o ano de 2017 tem-nos mostrado exatamente o oposto, commo nos mostra uma análise do site espanhol ‘PuntoDeBreak’. Apesar de já ter tido alguns bons momentos, como o título em Doha (onde derrotou Andy Murray na final) ou a dupla vitória perante Juan Martín Del Potro, o sérvio tarda a regressar ao nível que o fez rei do circuito. O desaire madrugador no “seu” Open da Austrália frente a um bem menos cotado Denis Istomin, ou a forma autoritária como Nick Kyrgios o derrotou por duas vezes, mostram que este não está a ser o Djokovic que conhecemos.
O problema não está, no entanto, no ano de 2017 apenas. Desde que completou o Grand Slam de carreira, ao vencer em Roland Garros, Nole tem demonstrado uma notória quebra. Eliminado precocemente em Wimbledon e nos Jogos do Rio, derrotas claras na final do US Open e do ATP World Tour Finals e consequente perda da liderança do ranking, são alguns dos exemplos disso mesmo. Para muitos a mudança de época poderia significar um novo recomeço, mas está a tardar.
Para agravar ainda mais a situação, o número 2 do ranking ATP irá falhar um dos seus torneios de eleição, o Masters 1000 de Miami onde é hexacampeão, devido a um problema no cotovelo. Com isto, entrará na época de terra batida com o pior registo desde 2006.
A página Punto de Break refere alguns dados interessantes em relação a este aspeto. Desde 2006 que o sérvio não apresentava um registo de vitórias tão baixo (5 na altura, 11 esta época). Mesmo em termos de títulos a situação não melhora muito. Temos de recuar até 2010 para encontrar uma temporada com tão poucos títulos como esta. Nesse ano apenas tinha conquistado o torneio do Dubai.
2017 | 11-3 (Doha)
2016 | 28-1 (Doha, Open de Austrália, Indian Wells e Miami)
2015 | 25-2 (Open de Austrália, Indian Wells e Miami)
2014 | 17-2 (Indian Wells e Miami)
2013 | 19-2 (Open de Austrália e Dubai)
2012 | 20-2 (Open de Austrália e Miami)
2011 | 24-0 (Open de Austrália, Dubai, Indian Wells e Miami)
2010 | 16-4 (Dubai)
2009 | 22-8 (Dubai)
2008 | 17-4 (Open de Austrália e Indian Wells)
2007 | 24-5 (Adelaide)
2006 | 5-5
2005 | 0-1
Não haverá alguém mais desiludido com este baixar de forma do que o próprio Djokovic. E se há coisa que o tricampeão de Wimbledon nos habituou foi a nunca deixar de lutar. Apesar de já ter referido que o ténis já não é a prioridade número um da sua vida, não seria de estranhar ver o sérvio regressar em força na época de terra batida.
Nole entrará de certo no lote dos principais favoritos nos próximos torneios. E depois há Roland Garros, onde defende um título que lhe custou muito a ganhar. Mas uma coisa é certa, o seu nível físico e mental terá que subir rapidamente se quiser estar à altura da exigente temporada que se avizinha.
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