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Sam Groth: «O extrato do meu cartão de crédito estavam bem acima dos 200 mil dólares»
Há dois anos, Sam Groth alcançou aquela que é o seu melhor registo no ranking, ao alcançar a 53.ª posição. Dois anos depois, o australiano de 29 anos vê-se obrigado a disputar Challengers e a passar pela fase de qualificação dos torneios por onde passa, sobretudo dos torneios do Grand Slam, por culpa do 151.º posto da classificação que ocupa.
Ao Herald Sun, Groth de como essa queda no ranking se reflectiu na sua conta bancária. “Quando era número 53 do mundo, depois de jogar contra o [Roger] Federer, em 2015, as coisas eram bem mais fáceis, mentalmente e financeiramente”, revelou o jogador Melbourne, que perdeu para o suíço na terceira ronda de Wimbledon, há dois anos.
Situação bem diferente viveu este ano, ao perder na primeira ronda de Wimbledon e também de Roland Garros, não vendo os gastos serem compensados com prize money. “Olhei para o extrato do meu cartão de crédito, no final do ano passado, e percebi que as despesas estavam bem acima dos 200 mil dólares (170 mil euros), com despesas até bastante básicas, nada de extravagâncias, porque a Federação Australiana até me disponibiliza um treinador”.
“Os jogadores de topo recebem por presença mais do que o torneio oferece em prize money. Há privilégios em ser-se jogador de topo, e não só pelo que ganham – os contratos que conseguem fora do court mudam-lhes a vida. Eles merecem isso, são deuses do ténis, mas há uma grande discrepância entre os cinco melhores do mundo e o top 55″, notou Groth, que conquistou duas vitórias em quadros principais em torneios ATOP, em Newport e Brisbane.
A título de exemplo, Rafael Nadal recusou jogar no torneio de Hamburgo, na Alemanha, prova de 323,145 euros, onde iria receber por presença 500 mil.
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