Rublev esteve um ano a antidepressivos: «Estive perdido, sem razão para viver»

Por José Morgado - Fevereiro 24, 2025

Andrey Rublev, campeão do ATP 500 de Doha, tem passado por um período complicado que pelos vistos vai muito além de complicações relacionadas com o seu ténis. O russo de 27 anos confessou numa entrevista à jornalista Reem Abuleil que… viveu profundamente infeliz durante dois anos.

“Estive numa espiral negativa. Perdido. Durante dois anos não tinha propósito para viver. Não sabia o que fazer e não era feliz. Sim, parece dramático, mas era assim que me sentia. Estava completamente perdido. E estive muito tempo a sentir-me assim. Já não aguentava mais. Era uma dor constante. Tomei antidepressivos mas depois de um ano decidi parar porque as coisas não melhoraram com a medicação”, confessou o russo.

Rublev revela o importante papel do compatriota Marat Safin, ex-número um do Mundo, em todo este processo. “Depois fui ajudado pelo Marat Safin que me ajudou a entender-me a mim mesmo. Esse foi o recomeço do zero. A partir daí fui capaz de ir na direção certa. É isso que estou a fazer agora. Ainda não estou totalmente feliz, mas já não me sinto tão mau.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com