Rublev destaca importância do português Carlos Costa e explica o que lhe falta melhorar

Por Pedro Gonçalo Pinto - Novembro 30, 2023

Andrey Rublev viveu a melhor temporada da sua carreira até ao momento e não tem problemas em destacar o que fez a diferença. O russo falou sobre as mudanças na sua equipa técnica, deixou elogios diretos a Carlos Costa, o seu fisioterapeuta, e ainda falou sobre aquilo que lhe falta melhorar.

RAZÃO PARA UMA TEMPORADA MARCANTE

Foi devido a uma mudança na equipa. Consegui um segundo treinador, Beto Martín, além de um novo fisioterapeuta e um novo preparador físico. No início da temporada já sentia que tinha conseguido o que queria. O triunfo em Monte Carlo e tudo o que se seguiu foi a confirmação de que tinha de acreditar no que estava a fazer. O Beto deu-me imenso. O Fernando é excelente no treino, mas o meu segundo treinador estudou psicologia do desporto. Faço muitas coisas com ele fora do court que têm como objetivo tratar o meu comportamento dentro. Por outro lado, o meu preparador físico e fisioterapeuta deram-me exercícios diferentes e estão a funcionar na perfeição, estou a ganhar velocidade.

PONTO DE VIRAGEM

Depois do encontro com Medvedev no US Open, o meu jogo subiu de nível. Se olharmos para o fim da época, sem contar com Turim, nunca tinha jogado tão bem na minha vida. Fui capaz de mostrar um nível altíssimo de forma consistente. Não era como antes, em que fazia um grande encontro e depois baixava logo. Jogar assim durante um período tão longo é algo que nunca me tinha acontecido.

O QUE FALTA MELHORAR

O que mais melhorei este ano foi a esquerda, além da minha movimentação. Estou muito mais rápido e defendo melhor. Tenho de melhorar muitas coisas, mas o fundamental é o lado mental. É o que me falta em comparação com o Novak, o Daniil, o Carlos e o Jannik. São muito mais estáveis do que eu a nível psicológico. A nível técnico, a minha movimentação ainda pode melhorar e claramente tenho de trabalhar no meu segundo serviço. É um aspeto que me diferencia do resto do top 10, todos têm segundos serviços mais fortes do que o meu. Também devo melhorar as subidas à rede. Se melhorar um pouco a minha mentalidade e o meu segundo serviço, serei um tenista completamente diferente. 

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt