Roland Garros 2025: as previsões da equipa Bola Amarela

Por José Morgado - Maio 25, 2025
Alcaraz-entrevista

Roland Garros já arrancou mas ainda vamos a tempo de fazer as nossas previsões! Há quase unanimidade quanto aos campeões. Concorda connosco?

CAMPEÃO MASCULINO

José Morgado – Carlos Alcaraz: O campeão em título é também o jogador em melhor forma da atualidade e o número um da ATP Race. Se jogar o seu melhor, está noutro patamar nesta superfície.

Pedro Gonçalo Pinto – Carlos Alcaraz: Derrotar o espanhol à melhor de cinco sets é uma tarefa duríssima. Se estiver minimamente perto do seu melhor, só vejo Sinner a poder batê-lo, mas o menor ritmo competitivo do italiano pode custar num certame destes.

Bruno da Silva – Carlos Alcaraz: Espanhol mostra que, jogando o seu melhor, é praticamente imbatível no momento

Nuno Chaves – Carlos Alcaraz: É muito difícil nesta altura não escolher o espanhol. Venceu em Roma e a 100% parece-me claramente acima da concorrência, até porque Sinner ainda está a recuperar o ritmo competitivo…

Rodrigo Caldeira – Jannik Sinner: Apesar de estar a voltar de suspensão e a entrar novamente no ritmo competitivo, mostrou que continua a ser merecido o seu atual ranking, mesmo tendo perdido para Alcaraz em Roma, acredito que queira mostrar em Paris que voltou para ficar.

DARKHORSE MASCULINO

José Morgado – Jakub Mensik: A escolha é difícil porque quase todos os tenistas que podiam encaixar nesta categoria têm quadros difíceis. Mas Mensik está cada vez melhor e pode causar impacto.

Pedro Gonçalo Pinto – Francisco Cerundolo: O argentino está a dar um passo em frente nesta temporada e cruza potencialmente nos ‘oitavos’ com Zverev, um adversário com quem tem um registo perfeito. É um nome a ter em conta.

Bruno da Silva – Francisco Cerundolo: Está em um local da chave que parece favorecê-lo.

Nuno Chaves – Stefanos Tsitsipas: Sei que é uma escolha arriscada porque está longe de estar num bom momento. Mas acredito que em algum dia irá dar a volta a esta fase e, apesar de tudo, até acho que se encontra numa boa metade do quadro.

Rodrigo Caldeira – João Fonseca: É uma aposta arrojada, o jovem brasileiro não está na sua melhor fase e tem uma primeira muito complicada, mas acredito que vai ser em Paris que Fonseca vai voltar a encontrar o seu melhor ténis.

PRIMEIRO TOP 10 A CAIR

José Morgado – Alex De Minaur: Está a fazer uma ótima época mas é de todos o que têm o pior quadro. Laslo Djere na primeira ronda, Jakub Mensik (o que darkhorse) na terceira…

Pedro Gonçalo Pinto – Alex De Minaur: Não está de todo em má forma, mas o quadro é muito pouco simpático. Basicamente não tem descanso a abrir com Djere, depois com Mensik a poder ser adversário na terceira ronda, Draper nos ‘oitavos’. Duro.

Bruno da Silva – Holger Rune: Nenhum top 10 tem primeiras rodadas muito traçoeiras, mas Rune é um dos que está menos confiante entre eles…

Nuno Chaves – Holger Rune: É o número 10 do mundo mas tendo em conta a sua irregularidade e o facto de apanhar o sempre perigoso (e experiente) Roberto Bautista Agut a abrir…

Rodrigo Caldeira – Holger Rune: Jovem com um talento indiscutível, mas que não tem estado nas suas melhores condições físicas e acredito que mentais. Como todos eles têm uma primeira ronda relativamente acessível, esta é a minha aposta.

CAMPEÃ FEMININA

José Morgado – Aryna Sabalenka: É a melhor jogadora da atualidade e a tenista mais fiável em grandes torneios. Com Swiatek fora de forma, a bielorrussa tem a sua grande chance em Paris…

Pedro Gonçalo Pinto – Aryna Sabalenka: Parece o ano perfeito para a número um do Mundo se sagrar campeã em Roland Garros. Até o quadro parece construído para isso.

Bruno da Silva – Iga Swiatek: Está com a confiança abalada, mas não há lugar melhor para ela reencontrar o melhor tênis.

Nuno Chaves – Aryna Sabalenka: Está a jogar todas as fichas em Roland Garros. É a melhor jogadora do mundo e com Iga Swiatek neste momento, ninguém parece capaz de a parar.

Rodrigo Caldeira – Iga Swiatek: Paris é sinonimo de Rafael Nadal, mas nos últimos anos tem sido também sinónimo de Swiatek, confiança abalada, mas vai lutar com tudo para fazer história.

DARKHORSE FEMININO

José Morgado – Elina Svitolina: Está fora do top 10 mas para mim é top 5 de candidatas ao título. Tem Paolini nos oitavos-de-final mas acredito que pode ‘surpreender a italiana’.

Pedro Gonçalo Pinto – Maria Sakkari: É um tiro no escuro, mas porque não? A grega está à procura do clique para voltar a brilhar e o quadro é interessante nesse sentido. Se tudo encaixar, pode chegar longe e recuperar a confiança.

Bruno da Silva – Elina Svitolina: É uma das jogadoras com mais vitórias no saibro na temporada e vem fazendo campanhas consistentes em Slams desde que voltou ao circuito.

Nuno Chaves – Elena Rybakina: O título em Estrasburgo acredito que tenha sido o desbloquear de uma época que estava a ser um desastre. Veremos se não vai longe em Roland Garros.

Rodrigo Caldeira – Elina Svitolina: Experiência e muita qualidade é a definição de Svitolina, está claramente em excelente forma, nomeadamente em terra batida.

PRIMEIRA TOP 10 A CAIR

José Morgado – Paula Badosa: Defronta Naomi Osaka, que está em forma, na primeira ronda. É o encontro mais aguardado da primeira ronda feminina.

Pedro Gonçalo Pinto – Paula Badosa: Voltou de lesão na semana anterior a Roland Garros e tem de enfrentar Naomi Osaka logo a abrir. Dificilmente podia ser pior.

Bruno da Silva – Paula Badosa: É a opção mais óbvia. Está longe de 100% e enfrenta uma empolgada Naomi Osaka.

Nuno Chaves – Paula Badosa: Nem é o facto de voltar de lesão. Apanhar Naomi Osaka era o pior que podia acontecer.\

Rodrigo Caldeira – Emma Navarro: Apesar de Paula Badosa estar fisicamente e mentalmente abalada, Navarro é a top 10 que está atualmente em pior forma e com poucas vitórias.

NOTA: As previsões da equipa portuguesa do Bola Amarela estão em português de Portugal e as da equipa brasileira em português do Brasil.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com