Roland Garros 2016: As previsões da equipa
Entramos no segundo Grand Slam da temporada, depois de umas intensas sete semanas de torneios disputados na terra batida europeia. Saiba quais os jogadores que se vão destacar, positiva e negativamente, no Major parisiense para a equipa do Bola Amarela.
Campeão Masculino
Pedro Mendes – Novak Djokovic: Quem mais? O número um mundial não quererá certamente repetir a profunda desilusão do ano passado e parece estar mentalmente mais forte.
José Morgado – Novak Djokovic: Difícil apostar contra o sérvio em qualquer que seja a situação, mesmo naquele que é o último torneio que lhe falta para subir ao topo da história do ténis. Tem sido o melhor, é o melhor e se jogar ao seu nível tem tudo para ser (finalmente) o melhor em Paris.
Susana Costa – Novak Djokovic: Todos os caminhos (de terra) vão dar ao sérvio. É o jogador que mais fez para chegar a Paris como o grande favorito e o que mais razões tem para conquistar o único grande título que falta no seu palmarés. Depois de três tentativas falhadas, Djokovic não vai deixar escapar a Taça dos Mosqueteiros.
Mário Miguel Fernandes – Rafael Nadal: O vencedor de 9 taças dos mosqueteiros e “rei da terra batida” está em crescendo de forma e de confiança, e estou com um ‘feeling’ de que nem Djokovic nem Murray o irão impedir de voltar a reclamar o seu trono. A por la Decima!
José Morais – Novak Djokovic: É verdade que já se anda a dizer que Novak Djokovic vai completar o Career Slam há alguns anos, e por isso a questão aqui é: será desta? Acredito que sim. Djokovic está concentrado, vem embalado de uma excelente temporada e está com a confiança de que está tudo dependente dele.
Paulo Gouveia – Rafael Nadal: Ninguém, nem atualmente, nem na história do ténis, sabe melhor o que é vencer em Roland Garros como o Touro de Manacor. É verdade que não vence lá desde 2014 e que no ano passado perdeu em três parciais contra Djokovic logo nos quartos. Mas também não se pode negar o facto de que Rafa está praticamente de volta à sua grande forma, tendo acumulado importantes triunfos em Monte Carlo e em Barcelona, torneios nos quais bateu os seus rivais de maior valia (à exceção de Djokovic que o derrotou num duelo equilibrado em Roma).
Pedro Almeida – Novak Djokovic: Quando o sérvio e número um mundial se exibe num torneio do Grand Slam ou noutro torneio qualquer, tem de ser sempre considerado um dos favoritos. A “fome” de Djokovic em ganhar pela primeira vez em Roland Garros será muita e, por isso, pode aproveitar a ausência de Roger Federer e um Rafael Nadal mais instável a nível exibicional.
Campeã Feminina
Pedro Mendes – Victoria Azarenka: A bielorrussa está de volta e já derrotou Serena Williams este ano, pelo que tem desde logo um certo ascendente (e muito ténis).
José Morgado – Serena Williams: Mesmo sem deslumbrar, Williams só falhou um das quatro finais mais importantes da temporada. A nível razoável, é sempre a favorita número um para todos os torneios do Mundo. O 22.º Major está à porta.
Susana Costa – Serena Williams: À primeira e à segunda todos caem, à terceira só cai quem quer. E se há jogadora pouco dada a quedas é a número um mundial. Ter visto o US Open e o Australiana Open fugir-lhe só lhe dará mais força para singrar em Paris e conquistar o tão apetecido 22.º Major.
Mário Miguel Fernandes – Garbiñe Muguruza: A jovem espanhola tem apresentado um ténis bem interessante na terra batida europeia, e apesar de um quadro com muitas armadilhas, parece-me ser capaz de progressar todo o caminho até ao tão desejado título.
José Morais – Serena Williams: ninguém sabe quem vai vencer a prova, é um facto, mas é impossível não considerar Serena Williams como a grande favorita a mais um título em Paris. Para além de ter vingado a derrota para Svetlana Kuznetsova, em Miami, a norte-americana saiu invicta de Roma sem perder qualquer set e com exibições convincentes, para além de ter atualmente os Grand Slams como o seu principal objetivo de carreira.
Paulo Gouveia – Serena Williams: Não está a ser uma grande temporada para a lenda americana mas nos grandes palcos serena consegue quase sempre subir o nível. E tem o aliciante de poder igualar Steffi Graf.
Pedro Almeida – Serena Williams: Quem mais? É certo que a norte-americana e número um mundial não tem exibido o seu melhor nível, mas mesmo assim conseguiu sagrar-se campeã em Roma na semana passada, batendo na final a compatriota Madison Keys. Mas, acredito que Williams vai elevar o nível, como costuma fazer quando está sob pressão.
Darkhorse Masculino
Pedro Mendes – David Goffin: O belga esteve bem em Roma e, no Major onde em 2012 surpreendeu ao “roubar” um set a Roger Federer com apenas 21 anos, considero que poderá perfeitamente marcar encontro nos quartos-de-final com Rafael Nadal.
José Morgado – Dominic Thiem: É o melhor jogador do ano logo a seguir ao atual top 6 mundial e tem CINCO (leu bem) títulos de terra batida nos últimos 12 meses. Uns oitavos-de-final diante de Nadal farão certamente parar Paris!
Susana Costa – Nick Kyrgios: Conhece a sensação de derrotar os melhores nos grandes palcos e, não menos motivador, de chegar à segunda semana dos Majors. Mais: é suficientemente louco – e talentoso – para pensar que pode repetir tamanho feito sempre que há Grand Slams para jogar.
Mário Miguel Fernandes – David Goffin: O maestro belga tem mostrado uma consistência exibicional impressionante nesta temporada, e a verdade é que se tem tornado presença assídua nos últimos dias de competição em cada torneio que disputa. Vejo Goffin com quadro para atingir os quartos-de-final.
José Morais –Dominic Thiem: sim, Dominic Thiem tem um possível encontro em perspetiva com um tal de Rafael Nadal na quarta ronda, mas… não foi este Dominic Thiem que já derrotou o mesmo Rafael Nadal em terra-batida na presente temporada? O austríaco está a jogar o seu melhor ténis e, depois de ótimas prestações em Roma e em Munique, onde disputou a final, Thiem é capaz de grande surpresas.
Paulo Gouveia – David Goffin: O tenista belga está a fazer uma excelente época apesar de não ter logrado conquistar nenhum título ATP. É um jogador que se dá bem na terra batida (tem um título nessa superfície) e teve um sorteio favorável. Quem sabe, um duelo com João Sousa nos oitavos de final.
Pedro Almeida – Alexander Zverev: Sim, o jovem jogador alemão poderá ter Kevin Anderson na segunda ronda e até Dominic Thiem, na terceira, mas tem dado excelentes indicações. A sua primeira final ATP da carreira, alcançada esta semana no torneio de Nice, poderá dar-lhe confiança para fazer um excelente resultado em Roland Garros.
Darkhorse Feminino
Pedro Mendes – Madison Keys: A final alcançada em Roma deverá ter o condão de motivar a norte-americana para o segundo torneio do Grand Slam da temporada, tendo, para mim, Angelique Kerber como principal rival na luta por um lugar na meia-final.
José Morgado – Svetlana Kuznetsova: Menos inconsistente do que em outros tempos, a campeã de 2009 está numa metade do quadro muito aberta. Não me chocaria vê-la na final de 4 de junho…
Susana Costa – Madison Keys: Em Madrid desiludiu, mas em Roma redimiu-se, e bem, ao perder apenas para Serena na final, mostrando que é jogadora para os grandes torneios. É caso para ficarmos de olho nela.
José Morais – Madison Keys: a jovem norte-americana teve uma ótima prestação em Roma, onde atingiu a final, e não surpreenderia se chegasse aos quartos-de-final depois de uma vitória sobre Angelique Kerber. Resta saber se o físico aguenta.
Mário Miguel Fernandes – Madison Keys: Depois de uma histórica semana em Roma, a jovem americana vem com a confiança em alta e com as suas pancadas afinadíssimas. Se mantiver os níveis de concentração, a segunda semana é mais que possível.
Pedro Almeida – Madison Keys: Foi fantástico o ténis que a norte-americana apresentou no torneio de Roma, ao alcançar a final e oferecer excelente réplica à compatriota e número um mundial Serena Williams. Uma segunda semana é muito possível.
Paulo Gouveia – Madison Keys: a jovem americana é há algum tempo apontada como a “next big thing” do ténis feminino. Está em grande forma e vejo-a a passar algumas rondas e a conseguir criar grandes problemas às mais cotadas.
Primeiro top-10 a cair
Pedro Mendes – Tomas Berdych: Sem estar em grande forma recentemente, o tenista checo enfrenta o talentoso canadiano Vasek Pospisil na primeira ronda do Open de França e poderá sair desde logo de cena.
José Morgado – Jo-Wilfried Tsonga: Entre os top 10 é o que está em pior momento de forma – e mal fisicamente – e tem uma secção do quadro inicial complicada, que inclui… João Sousa!
Susana Costa – Tomas Berdych: O checo chega a Roland Garros algo fragilizado, depois dos pouco satisfatórios resultados na superfície ocre (não escapou à “bicicleta” de Goffin em Roma). Mais um contra: chega a Paris sem treinador.
Mário Miguel Fernandes – Tomas Berdych: O checo tem desapontado a nível exibicional e de resultados na terra batida, despediu o seu treinador na semana passada e terá oponentes como Pospisil, Cuevas ou Ferrer pelo caminho desde cedo. Não creio que chegue à segunda semana.
José Morais –Jo-Wilfried Tsonga: com uma presença inconstante nos torneios do circuito profissional neste momento, a falta de ritmo de Tsonga pode fazer-se sentir em Roland Garros, onde os encontros podem ter cinco partidas. Para além disso, um encontro diante de João Sousa na terceira ronda será complicado de vencer para o gaulês.
Paulo Gouveia – Jo-Wilfried Tsonga: O francês chega a Roland Garros depois de uma paragem por lesão. Não terá grande ritmo competitivo e se não perder nas duas primeiras rondas, esperamos que caia na terceira perante o nosso Conquistador!
Pedro Almeida – Tomas Berdych: Despediu o seu treinador depois de ter sofrido uma ‘bicicleta’ do belga David Goffin nos oitavos de final do Masters 1000 de Roma, pelo que não está, de todo, no seu melhor momento de forma. É certo que o sorteio é simpático, mas a falta de confiança é notória…
Primeira top-10 a cair
Pedro Mendes – Roberta Vinci: As más prestações em Madrid e Roma não auguram nada de bom para a experiente italiana. Timea Bacsinszky e Petra Kvitova também podem ter logo grandes dificuldades a começar.
José Morgado – Roberta Vinci: Em muito má forma, a italiana tem em Kateryna Bondarenko uma adversária complicadíssima logo a abrir..
Susana Costa – Roberta Vinci: Sem passar da primeira ronda em Roma e Madrid, a finalista do US Open também não deverá ir longe na catedral da terra batida.
Mário Miguel Fernandes – Roberta Vinci: Exibições irregulares, resultados aquém do esperado e um possível confronto com Irina-Camelia Begu na 3ª ronda, parecem-me ser razões plausíveis para justificar esta minha aposta.
José Morais –Timea Baczinsky: a jogador suíça até nem tem vindo a fazer maus resultados em terra-batida, mas a sorte não esteve do seu lado na altura do sorteio e jogadoras como Monica Niculescu ou Genie Bouchard podem mandar Baczinsky mais cedo para casa. Roberta Vinci é também uma forte candidata nesta categoria.
Paulo Gouveia – Roberta Vinci: Apesar de ter acabado bem 2015 e de ter iniciado 2016 com um título, não me parece, depois de saídas de competição precoces em Madrid e em Roma e com um quadro complicado (Bondarenko e Kvitova na sua rota), que vá estar muito tempo em Paris.
Pedro Almeida – Roberta Vinci: Com derrotas surpreendentes na primeira ronda de Madrid e de Roma, tendo sido eliminada por Danka Kovinic e Johanna Konta, a veterana italiana terá na estreia a sempre complicada Kateryna Bondarenko e a romena Irina-Camelia Begu, semifinalista em Roma, na terceira eliminatória…