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Roger Federer: «Devia ter começado aos 25 anos a reduzir o meu calendário»
Corria o ano de 1998 quando Roger Federer disputou o seu primeiro encontro profissional de ténis. O que se seguiu, já todos sabemos, foi um caminho vitorioso que o atesta como um dos melhores tenistas de sempre (para muitos, o melhor) e que certifica o inegável legado que o tenista suíço tem vindo a construir. E se há alguém no mundo do ténis que pode aferir sobre a evolução do desporto das últimas décadas, esse alguém é Federer.
Numa entrevista concedida à NRC, o suíço traçou o quadro dessas mudanças e defende que nos dias que correm as questões físicas são preponderantes para atingir o sucesso. “O ténis converteu-se num desporto mais físico. No passado, as pancadas eram mais duras, mas o movimento era mais lento. O jogo passava de uma velocidade média, a lenta, média, rápida, média, lenta, média, rápida. Agora é média, rápida, rápida, rápida, média, média, rápida, rápida. O ritmo é mais acelerado e por isso não é fácil jogar ‘bem’, porque se o rival responde com força, tu também tens de ser agressivo.”
Ainda sobre as evoluções no estilo de jogo, Roger relembrou os tempos de Sampras, Henman e Krajicek. “No tempo deles jogava-se mais serviço-volley, o que fazia que fosses mais vezes à rede. Agora ninguém joga assim e todos estão confortáveis na linha de fundo. É um jogo completamente diferente”.
Aos 37 anos, Roger Federer encontrou uma forma de manter a competitividade e deixou um conselho aos tenistas mais novos. “Espero que não façam como eu. Comecei a fazer calendários mais suaves aos 36 anos, mas devia ter começado aos 25.”
Federer rejeitou ainda a ideia de participar em torneios para testar a sua capacidade física, preferindo, assim, preparar-se devidamente para os mesmos. “Quero que os seguidores do desporto vejam um Roger sempre a 100%”.
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