Robin Haase: «Jogar com Djokovic faz-te sentir amador»

Por José Morgado - Abril 8, 2020
Haase

Robin Haase, o melhor jogador holandês dos últimos anos, deu uma longa entrevista ao podcast ‘Tennis with Accent’ onde falou de praticamente todos os temas quentes da atualidade: a suspensão do circuito, o adiamento de Roland Garros e, claro, a importância dos Big Three para o ténis mundial.

Sobre o adiamento do Grand Slam francês para setembro, Haase, antigo top 30, não escondeu a surpresa. “Fiquei em choque, sinceramente. Não estava nada à espera. Temos de olhar para o lado positivo: a intenção deles é realizar o torneio, mas numa altura destas de tanta dificuldade o mais importante era comunicar bem. E isso claramente falhou naquele caso. Temos de resolver esta situação todos juntos”.

djokovic

E não seria uma boa altura para criar finalmente uma ‘união de jogadores’? “É complicado. No ténis existem muitas entidades ao mesmo tempo. A nossa modalidade é fantástica, cheia de eventos incríveis, mas poderia ser bem melhor com uma só organização. É difícil encontrar um rumo comum para todos quando há tantas partes interessadas. Há muitos interesses.”

Haase acredita que o circuito vai sobreviver sem o Big Three e assumiu que para ele o jogador mais difícil de defrontar… é Djokovic. “Sem dúvida alguma. Faz-te sentir amador. Nunca estive sequer perto de ganhar-lhe um set. Não tem qualquer debilidade. Diante de outros grandes jogadores senti sempre que em alguns momentos tive chances. Contra ele… nem por isso”.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt