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Rio'2016. Murray bate Del Potro no encontro do ano e faz o que nunca ninguém tinha alcançado
Todos aqueles que um dia pensem em colocar em causa se o ténis merece ou não estar nos Jogos Olímpicos… lembrem-se que no dia 14 de agosto de 2016 Andy Murray e Juan Martín Del Potro, dois dos melhores e mais espetaculares jogadores da sua geração, disputaram no Court Central parque olímpico do Rio de Janeiro um dos encontros mais memoráveis dos últimos anos.
Ao fim de 4h03, Andy Murray saiu com a vitória – e com a medalha de ouro – ao bater o argentino por 7-5, 4-6, 6-2 e 7-5, num encontro que teve de tudo: grandes pontos, trocas de ascendente no marcador e no nível de jogo apresentado e, acima de tudo, um público verdadeiramente sensacional, como poucas vezes se vê ao longo do ano, quer no circuito mundial, quer nas provas de seleções.
No final, Andy Murray foi mais forte, ganhando os últimos quatro jogos do encontro e expondo as maiores dificuldades físicas da Torre de Tandil, que mostrou sempre ter um coração ainda maior do que os seus 1,98 metros. À rede, os dois finais dos Jogos Olímpicos abraçaram-se de forma calorosa e já nos seus respetivos bancos puxaram das toalhas… e choraram, descarregando uma emoção que não se explica. Sente-se. São os Jogos Olímpicos.
Para a história
Com este título, Andy Murray torna-se no primeiro jogador da história, homem ou mulher, a defender um título olímpico em singulares. Tal feito só havia sido alcançado por duas vezes na variante de pares femininos e sempre por americanas: primeiro Gigi Fernandéz e Mary Jo Fernandéz e depois as inevitáveis irmãs Williams, que triunfaram em 2000, 2008 e 2012.
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