Rinderknech voltou a acreditar: «Há cinco meses estava a pensar acabar a carreira»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Outubro 13, 2025

Arthur Rinderknech viveu duas semanas inesquecíveis em Xangai, mesmo tendo acabado por perder a final do Masters 1000 chinês frente ao seu primo e grande amigo, Valentin Vacherot. Certo é que foi a demonstração de força de alguém que voltou a acreditar, especialmente desde que Lucas Pouille se tornou o seu treinador há cinco meses. É que o fim de carreira estava em cima da mesa nessa altura.

O MAIS IMPORTANTE

Valentin foi extraordinário. Estou muito orgulhoso dele, do que fez, de tudo o que mostrou nesta semana. A pequena estrela que brilhou sobre nós brilhou um pouco mais do seu lado na final. Fico feliz por ele, pelo Benjamin Balleret, pelos seus pais, pela minha tia e toda a família. É isso que fica no fim.

CHEGOU A PENSAR TERMINAR A CARREIRA

Estou extremamente orgulhoso das minhas duas semanas e do troféu de finalista, das pessoas queridas que me apoiam, da minha equipa, com Lucas Pouille, meu treinador, à frente. Ele acredita em mim, puxou por mim. Espero que seja o começo de uma grande aventura e cheguemos longe juntos. Comecei a trabalhar com ele há cinco meses, num momento difícil, quando estava a pensar acabar a carreira. De certa forma, salvou-me. A sua confiança foi um ponto de inflexão.

UMA HISTÓRIA PARA CONTAR PARA SEMPRE

Algo assim não volta a acontecer, nunca mais na história. É magnífico, excecional. Vamos falar deste momento sentados num banco quando formos dois velhinhos de 80 anos. Sempre puxei por ele desde pequenos. Na neve, na bicicleta, no ténis. Sempre puxei por ele, fi-lo vir para o Texas. Puxei por ele durante os dois que passámos juntos ali. Quando eu cheguei, estava sozinho. Quando ele chegou, eu estava lá e cuidei dele.

RENDIDO AO PRIMO

Sempre quis o melhor para ele. É um rapaz que merece tudo. Amo-o com todo o meu coração, sempre amei. Estou extremamente orgulhoso. Disse-lhe na rede que era fabuloso. Tenho um respeito enorme por ele e agora ainda mais. Não me surpreendeu, sabia do que era capaz. Mas não tem o direito de me provocar por esta vitória!

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt