Rinderknech revela o truque que usou para vencer Zverev

Por Rodrigo Caldeira - Outubro 7, 2025

Sem o querer, Alexander Zverev (3º) acabou por ser alvo de gozo nas redes sociais depois das suas últimas declarações no ATP de Xangai, quando afirmou que os diretores dos torneios faziam tudo para que Alcaraz e Sinner chegassem à final. Pois bem, num quadro sem nenhum dos dois, o alemão acabou eliminado às mãos de Arthur Rinderknech (54º).

Novo desaire para Sascha Zverev, que não está a ter o seu melhor ano. Depois de um grande início de temporada, com final na Austrália, o alemão foi acumulando más sensações, ao ponto de chegar a este final de 2025 com pouca confiança e a desejar que chegue dezembro para fazer um “reset” ao corpo e à mente.

O francês já tinha vencido Zverev em Wimbledon e soma agora uma nova vitória frente a um Top 10. Em declarações à imprensa, citadas pelo L’Équipe, Rinderknech explicou como decorreu o encontro e qual foi a chave que lhe permitiu superar Sascha.

NOVA VITÓRIA FRENTE A ZVEREV 

“Nem muitos podem dizer que têm um registo de 2-0 frente a Zverev. Estou muito contente, muito orgulhoso. Significa muito para mim voltar a vencê-lo. O meu nível de jogo tem estado lá há algum tempo. É bom. Este é o caminho que procuro e que estamos a aperfeiçoar. O próximo jogo, contra Lehecka, é crucial para o confirmar”.

PLANO DE JOGO 

“Falei com o Lucas (Pouille) sobre o plano de jogo e tentámos fazer algo que usei bastante em Wimbledon. Não é aquilo em que ele (Zverev) é melhor, por isso procurei fazê-lo avançar para o desestabilizar. Ele gosta de jogar longe da linha, contra-atacar, bater forte e obrigar o adversário a cometer erros. Isso aconteceu, na verdade, no primeiro set. Depois disso, encontrei mais precisão na minha tática: combinei pancadas para o atrair para a frente e depois empurrei-o para trás, mantendo-o em alerta com deixas curtas. Isso ele não gosta”.

CONDIÇÃO MENTAL 

“Sei que, quando estou bem mentalmente, sou um tenista muito bom, mas este desporto é muito complicado. Mesmo quando te sentes bem, os jogos são difíceis. Fico muito feliz com esta vitória, mas procuro manter-me humilde. No fim de contas, isto não deixa de ser apenas um jogo de ténis”.

Apaixonado por desporto no geral, o ténis teve sempre presente no topo da hierarquia. Mas foi precisamente depois de assistir à épica meia-final de Wimbledon em 2019 entre Roger Federer e Rafael Nadal, que me apaixonei e comecei a acompanhar de perto este fabuloso desporto. Atualmente a estudar Ciências da Comunicação na Universidade Autónoma de Lisboa.