Raonic e o jogar na sombra do Big Three: «Estragaram as expetativas em todos nós»

Por Nuno Chaves - Agosto 10, 2023
djokovic

Milos Raonic despediu-se esta quinta-feira do ATP 1000 de Toronto com uma derrota nos oitavos de final frente a Mackenzie McDonald com os parciais de 6-3 e 6-3, numa exibição menos conseguida do canadiano, ainda assim, para a história fica mais um bom sinal do antigo top 3 mundial, que pretende ainda ter uma palavra a dizer no circuito.

E foi com esse sentimento que Raonic surgiu em conferência de imprensa: satisfeito por, depois de quase dois anos afastado, ter conseguido apresentar-se competitivo num dos grandes torneios do circuito mundial.

CONTENTE COM O NÍVEL NA SEMANA

Houve muitas coisas divertidas e coisas boas. Muitas delas para olhar e estar orgulhoso e com um sorriso. Estou feliz pela semana em geral. Fiz tudo o que pude para estar pronto desde que terminou Wimbledon. Algumas coisas resultaram bem e outras podem correr melhor.

Leia também:

VAI VOLTAR A TORONTO EM 2025?

Está muito longe. Vou tentar desfrutar de cada aspeto e dois anos de distância é muito tempo. Estive fora dois anos. Tens uma ideia de quantas coisas podem mudar nesse período de tempo. Provavelmente nem sequer saberei essa resposta em 12 meses. Tenho de continuar a olhar para a frente e ter planos a curto prazo.

TÉNIS ESTÁ COM MELHOR NÍVEL AGORA QUE HÁ DOIS ANOS?

Não sei. Não joguei ainda o suficiente com os melhores para saber mas diria que é um pouco o contrário. Creio que ter três atletas lendários exemplares num desporto ao mesmo tempo, estragas as expetativas de todos os outros, o que é normal. Quando cheguei ao circuito pela primeira vez eram mais ou menos eles e o Murray. Diria que 60 ou 70% das meias-finais estavam lá eles. E talvez em terra batida aparecia o David Ferrer, que mudava um pouco as coisas.

Tinhas três rapaz que estavam ali todo o tempo e ganhavam a maioria dos torneios mas creio que continuavas a ver o mesmo tipo de coisas, as mudanças no ranking, o 5.º do mundo que perdia no início de um torneio. Os oito melhores não estavam sempre nos quartos. É bastante diferente.

VAI AO US OPEN?

Se tudo estiver bem posso preparar-me e produzir um ténis de alto nível no US Open. E quando entras em court e jogas, dás tudo o que podes e vês onde estás. Creio que ainda posso jogar a um nível muito alto que não é muito diferente de onde estava, tenho que me dar uma oportunidade.

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.