Purcell não tem dúvidas: «Kyrgios faz falta ao ténis»

Por José Morgado - Julho 28, 2022

Atual 236 do mundo em singulares e 38 em pares, variante na qual foi campeão de Wimbledon há 20 dias, o australiano Max Purcell saiu em defesa do compatriota Nick Kyrgios em entrevista para o ‘Metro’. Purcell acredita que o compatriota é injustiçado por parte daqueles que acompanham o ténis e vê-o como uma figura importante para o circuito.

“Estarei sempre atento quando o Nick Kyrgios joga, mais especificamente quando joga contra os melhores do Mundo. Ele tem um estilo de jogo que dá trabalho para esses jogadores. Vejo muita injustiça dita e feita com o Kyrgios, por parte de jogadores, imprensa e adeptos. Ele não está nas primeiras posições do ranking e ainda assim tem a sua própria instituição de caridade. Entretanto, todos os comentários que recebe são maus e de uma pessoa má e isso não lhe faz muito bem”, acrescentou Purcell.

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“Acompanhar Kyrgios é muito interessante para mim, ele é um tipo muito necessário no circuito. O seu comportamento em court às vezes não é apropriado, mas ele não o faz sem razão. Há muitos erros de juízes de linha e de cadeira. Reconheço que muitas vezes ele exagera, mas como eu disse antes, o Nick traz interesse ao desporto e ao tébis em particular”, complementou.

O australiano de 24 anos reforça a importância da figura de Nick no sentido de tornar o ténis mais abrangente e popular. “Se ele explode e faz algo fora do comum, está na imprensa e mais pessoas querem ver o que aconteceu. Falei com ele várias vezes e ele disse-me que não se importa com o que as pessoas pensam”, comentou. “Há muitas entrevistas chatas por aí com muitos jogadores de ténis, é sempre a mesma coisa. É muito bom ouvir a honestidade de Nick. Deveria haver mais tenistas como ele nesta modalidade. A maneira como ele responde às perguntas é muito mais interessante do que a de outros tenistas”, concluiu o australiano.

 

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt