O lado íntimo de Roger Federer que provavelmente não conhecia
Roger Federer: campeão de 17 títulos do Grand Slam. Homem de família. Pai de quatro miúdos. Recordista para o número de semanas como número um do mundo. Acima de tudo: um gentleman. O jogador suíço deu recentemente uma entrevista à revista Haute Living e falou sobre o futuro depois do ténis, as principais rivalidades e ainda sobre o tempo que dedica hoje em dia à família.
Esta foi uma sessão fotográfica, mas não foi uma sessão fotográfica qualquer. Federer falou abertamente sobre os mais diversos assuntos que ocupam neste momento a sua vida, tanto a nível do ténis como fora dele. “Talvez um dia vá acordar e saber que quero o fim”, confessou o campeoníssimo sobre a sua carreira. Ora leia:
O legado
“Entendo que, assim que abandone o desporto, o ténis siga em frente. Alguém se vai tornar número um do mundo, alguém vai vencer os grandes torneios. Tens a esperança de que as pessoas falem de ti durante algum tempo, mas não há problemas se elas não o fizerem”.
O desportivismo
“O desportivismo dentro do court é muito importante. Espero conseguir educar a próxima geração com o meu comportamento dentro e fora do court. A desilusão faz parte do nosso desporto, e ela vez inúmeras vezes, mas é importante para mim tentar o melhor e ser bom no ténis”
As principais rivalidades e a nova geração
“Queres sempre jogar contra os teus principais rivais no momento em que estás a jogar ao teu melhor nível, mas isso infelizmente nem sempre acontece. Ao longo dos anos sempre gostei mais de defrontar o Djokovic e o Nadal, e antes de disso gostava de defrontar o Andy Roddick e a sua geração de jogadores. Gosto do desafio de defrontar os jogadores das gerações mais novas e também da minha geração”
O primeiro e único confronto contra Pete Sampras (2001)
“Foi a minha primeira vez no Court Central de Wimbledon e o Sampras era o meu ídolo. Ganhei contra ele 7-5 no terceiro e tive alguma sorte porque disputei um grande encontro, ainda que ele não tenha jogado o seu melhor. Ele estava em busca do seu quinto título em Wimbledon , um dia, de repente, estava eu a ganhar cinco de uma vez. Foi um momento decisivo na minha carreira”.
As alterações que fez na sua vida nos últimos cinco anos
“Precisava de abrandar as coisas e certificar-me de que à noite me reunia com a minha família, a minha equipa, as pessoas que estavam lá a apoiar-me, em vez dizer “bem, até amanha”. Comecei a celebrar muito mais as minhas amizades e a agradecer às pessoas pelos seus esforços. Mesmo quando perco acho que é importante reunir-me [com a família e amigos]. Adoro ganhar torneios, mas também adoro viajar e jogar perante os meus fãs numa nova cidade”.
Para quando o fim da carreira?
“Talvez um dia vá acordar e saber que quero esse fim. Não me importo de descer nos rankings desde que sinta que me mantenho competitivo contra os jogadores de topo. Assim fica mais simples”.
Os planos para quando se retirar
“Espero ficar pela Suíça e envolver-me com o ténis de certa maneira. Adoro o lado empresarial das coisas e sempre gostei de me envolver com os meus parceiros. Tenho mantido ligações próximas com os meus patrocinadores e conheci muitas pessoas interessantes”.