Prodígio Marcinko perde invencibilidade em Oeiras num encontro com drama e gritaria: «Isto é uma desgraça!»

Por José Morgado - Abril 7, 2022
marcinko-drama

Petra Marcinko, jovem croata de 16 anos que é a atual número um mundial de juniores, chegou a Portugal sem saber o que é perder em torneios profissionais em 2022, mas acabou por tombar esta quinta-feira nos oitavos-de-final do Oeiras Ladies Open, um evento 80 mil dólares que é, até hoje, o mais forte que já jogou na carreira.

A talentosa jogadora croata, da geração da já mais falada Linda Fruhvirtova, perdeu na segunda ronda do torneio português com a húngara Dalma Galfi, número 97 do Mundo e uma das principais favoritas ao título, por 6-0, 4-6 e 6-4, num encontro marcado por uma enorme polémica — e muito drama — nos últimos minutos.

Com o resultado de 4-4, 40-40 no terceiro set, Marcinko falhou uma resposta a um serviço de Galfi e depois pediu ao árbitro de cadeira para verificar a marca (que mostrou a bola como tendo sido fora). O árbitro recusou-se pois entendeu que a jogadora demorou demasiado tempo a pedir a verificação, o que enfureceu não apenas a croata… como seu pai e treinador.

“Não sabes as regras? Isto é uma desgraça. Ela tem 16 anos e tu roubaste-a. É uma desgraça. O que lhe vou dizer agora? Quero um pedido de desculpas”, foram algumas das coisas saídas da boca do técnico de Marcinko. A croata, que colapsou mentalmente depois do incidente, abandonou o campo em lágrimas.

Dalma Galfi passou depois pela sala de imprensa e mostrou-se compreensiva. “Também fui número um de juniores e vejo muito do meu ‘eu’ mais jovem na Petra. Ela é nova, tem de aprender com estas situações. O pai dela quer que ela ganhe, é normal.”

https:\/\/bolamarela.pt//bolamarela.pt//twitter.com/josemorgado/status/1512058312082210820

https:\/\/bolamarela.pt//bolamarela.pt//twitter.com/josemorgado/status/1512061856483004420

  • Categorias:
  • WTA
Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt