Portugueses prontos para fim-de-semana histórico: «Fator casa pode ser determinante»

Por José Morgado - Fevereiro 3, 2023
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FOTO FPT

A seleção portuguesa fez esta sexta-feira a antevisão da eliminatória de qualificação para as Davis Cup Finals diante da República Checa e reforçou a confiança de que este será um fim-de-semana histórico para o ténis português. Dos jogadores ao capitão Rui Machado, a ideia é apenas uma: “ganhar ou ganhar!”.

JOÃO SOUSA

Estou bem. Austrália já voltei há alguns dias, estou adaptado às condições e a terra batida. Sinto me motivado para ajudar a equipa. Um dos meus objetivos sempre foi este. É a terceira vez que jogamos pelo Grupo Mundial e é mais uma eliminatória importante, para nós e para eles. Estamos a jogar em casa e pode ser um fator determinante. Casa cheia são boas notícias. Jogar no nosso court é sempre uma vantagem, o que não quer dizer que sejamos favoritos.

Os checos são jogadores jovens, têm vindo a evoluir. Se calhar não têm tanta experiência na Davis mas são fortes e têm vindo a evoluir bastante. Há muitos fatores que não podemos controlar, mas eu e o Nuno vamos dar o nosso melhor.

Os encontros vão acumulando, as feridas também. Tenho mais experiência. Perdi um confronto com o Struff tendo dois match points. Vou dar o meu melhor e tentar que desta vez seja diferente.

NUNO BORGES

Jogar em casa é sempre ótimo. Mostrámos isso contra a Polónia. É uma eliminatória muito difícil, diante de uma grande equipa e poder estar aqui em casa é o ideal.

(Jogar primeiro desta vez…)

Isto já está formato desde início para ser assim e mentalizei para se assim for jogar assim mesmo. Ainda me recordo que no College também era sempre o par antes do singular. Não vai ser nenhuma surpresa.

FRANCISCO CABRAL

É verdade que temos derrotado o Adam Pavlasek algumas vezes, mas isto é um encontro totalmente diferente. Um Challenger é um Challenger e aqui estamos a representar o país e a jogar por um objetivo muito importante. Será um encontro completamente diferente e estamos prontos para dar o nosso melhor.

GASTÃO ELIAS

A diferença desta vez para as outras é que não vou jogar, pelo menos por enquanto. As duas eliminatórias anteriores deste género foram bastante tensas e queríamos muito fazer história. À quarta é de vez, é o que se costuma dizer. Temos uma equipa muito completa e esta é a vez em que sinto que temos mais hipóteses. Eles apesar de terem jogadores muito bons são uma equipa muito jovem. Espero que eles sintam um bocado o momento e que isso fique um pouco a nosso fazer. Estamos prontos para lutar e se for preciso cá estarei. Vai ser um bom fim-de-semana.

FREDERICO SILVA

Eu fiz um ‘forcing’ para me qualificar para o Australian Open, consegui e depois acabei o ano com algum cansaço acumulado, mazelas e não fiz grande preparação para a Austrália. Depois disso já fiz boas semanas de treino e sinto-me bem e pronto para ajudar se necessário. Estou a ganhar ritmo e novamente a jogar bem.

RUI MACHADO

Se metemos muitas expectativas de que somos claramente favoritos e que temos a obrigação de ganhar, a pressão aumenta. Mas a equipa que tenho é muito experiente e está muito habituada a gerir momentos de pressão. O que sinto é que senti sempre deles é que estamos todos aqui, profissionais, a dar o nosso melhor.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt