Portugal joga em Hobart na próxima madrugada na BJK Cup: «Jogamos com alma e coração»

Por José Morgado - Novembro 13, 2025

A seleção portuguesa feminina de ténis já está em Hobart, na Tasmânia, onde esta sexta-feira inicia o play-off de acesso aos Qualifiers de 2026 da Billie Jean King Cup, frente à Austrália, antes de defrontar o Brasil no sábado. Sob frio, chuva e até granizo, a equipa orientada por Neuza Silva mantém a ambição de fazer história e repetir o feito de 1991, quando Portugal chegou à fase final da competição.

A líder da equipa, Francisca Jorge (202.ª WTA), entra em campo com motivação redobrada. A vimaranense poderá igualar as 32 eliminatórias disputadas por Michelle Larcher de Brito, aproximando-se do recorde absoluto de Ana Catarina Nogueira.Gostaria de igualar a Michelle. Tenho enorme respeito pelas minhas compatriotas, mas seria engraçado ver esse recorde batido. Acho que vou consegui-lo”, afirmou. Orgulhosa por representar Portugal, garantiu: “Jogamos com alma e coração. Vamos dar sangue, suor e lágrimas para trazer a ‘medalha’ para casa.”

A irmã mais nova, Matilde Jorge (255.ª), destacou a motivação e o crescimento coletivo. “Fizemos um grande feito em abril e agora estamos aqui com mérito. Sinto-me mais preparada e com mais experiência. Adoro jogar com a bandeira de Portugal ao peito e sinto-me um elemento forte, tanto em singulares como pares”, disse a tenista de 21 anos, que conquistou sete títulos de duplas esta temporada com Francisca.

Com 11 anos de experiência na competição, Inês Murta regressa confiante: “Tem sido um ano difícil, mas estou contente com esta oportunidade. Ninguém esperava que chegássemos aqui. Elas são favoritas, mas podemos ultrapassá-las.”

A mais jovem da equipa, Angelina Voloshchuk (470.ª), de 18 anos, mostra entusiasmo: “Vou dar o máximo. Tenho aprendido muito e sinto-me cada vez mais confiante.”

Portugal entra em ação no Domain Tennis Centre, determinado a continuar a escrever história no ténis feminino nacional. A prova tem transmissão na SPORT TV 6.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com